Créditos de carbono ajudam comunidades amazônicas no Pará
O governo do estado Pará anunciou a venda de créditos de carbono para a Coalizão Leaf no valor de US$ 180 milhões (tapume de R$ 980 milhões). É o primeiro pacto do tipo no Brasil.
A Coalizão Leaf reúne grandes empresas multinacionais e os governos da Noruega, do Reino Uno, dos EUA e da Coreia do Sul. O proclamação do pacto foi feito durante a semana do clima em Novidade York.
Com a negociação de US$ 180 milhões, o Pará se torna o primeiro estado a obter financiamento da coalizão Leaf. Serão 12 milhões de créditos de subida integridade gerados por reduções no desmatamento entre 2023 e 2026. Cada crédito representa uma tonelada métrica de redução de emissões de carbono no valor de 15 dólares por tonelada.
Com a compra dos créditos, essas empresas e governos compensam as suas próprias emissões com a redução de emissões em outro lugar do planeta.
O governador do Pará, Helder Barbalho, afirma que levar os recursos para a população da floresta é uma obrigação. “É inovação a partir da valorização da floresta viva, crédito e oportunidade de acessar recursos a partir da redução do desmatamento, o que permite que o estado do Pará possa colher esse mercê garantindo recursos que estarão sendo levados para comunidades tradicionais, para povos indígenas, quilombolas, para a lavoura familiar, para extrativistas e, evidente, também para estribar o governo na perenidade nas ações de combate ao desmatamento, de valorização de um uso da terreno sustentável com bioeconomia, o pagamento por serviços ambientais, com a licença de restauro de florestas para que possamos replantar as áreas danificadas.”
O Governo do Pará calcula em 42% a redução nos alertas de desmatamento em 2024 na verificação com o ano pretérito com base em dados do Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O estado, que tem um quarto da extensão da Amazônia brasileira, vai ser sede no ano que vem da Cop 30, o encontro de combate às mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas.
