Vacina de RNA, usada contra Covid-19, pode curar câncer; entenda

Tim Smedley – BBC Future

Uma vez que as vacinas de RNA que nos salvaram da covid-19 podem derrotar outras doenças

As vacinas de RNA mensageiro (RNAm) têm sido protagonistas na luta contra a pandemia da Covid-19
, e agora estão preparadas para perfurar uma novidade frente no combate a outra doença: o cancro. Especialistas projetam que a primeira aprovação de uma ração terapia para um tumor acontecerá ainda nesta dez.

Os especialistas acreditam que as vacinas de RNAm têm um potencial imenso e serão um divisor de águas na oncologia. Embora ainda seja cedo para especular sobre os prazos de aprovação, a expectativa é que essas vacinas se tornem uma verdade até 2030. A grande questão será prometer que se tornem acessíveis a todos que precisam, mormente em países uma vez que o Brasil.

Empresas que alcançaram sucesso na pandemia já vinham trabalhando há anos com RNAm no desenvolvimento de vacinas antitumorais. No entanto, redirecionaram seus esforços para a Covid-19 em 2020. Agora, com a pandemia mais controlada, essas empresas retomaram os estudos, mirando inicialmente no cancro de úbere.

No cenário global, a vacina mais avançada, atualmente na última lanço dos testes clínicos, é contra o melanoma, um cancro de pele hostil. Desenvolvida pela Moderna em parceria com a MSD, recebeu o status de ‘terapia inovadora’ pela FDA, nos Estados Unidos.

Resultados da temporada 2 demonstraram uma redução significativa de 49% no risco de morte ou recorrência, e de 62% no de morte ou metástase. Ou por outra, a Moderna está nos estágios finais dos estudos clínicos de uma vacina contra o cancro de pulmão de células não pequenas e de cancro de varíola.

Outro laboratório líder na geração de imunizantes de RNAm é o boche BioNTech, pioneiro junto com a Moderna nas vacinas da Covid-19. Além de doses avançadas contra o melanoma e o cancro de pulmão, estão sendo desenvolvidas aplicações para vários outros tipos de cancro, uma vez que o colorretal e o pancreático.

No Brasil, a Fiocruz foi escolhida pela OMS para impulsionar a plataforma de RNAm. Agora, com a pandemia mais controlada, os pesquisadores voltaram a focar no combate aos tumores. Em estágio inicial, já foram selecionadas proteínas para um tipo de cancro de úbere, com o objetivo de fabricar uma opção de vacina mais universal.

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