
Veja como ajudar a criança a lidar com o luto
Veja porquê ajudar a petiz a mourejar com o luto
Em qualquer momento da vida, todos enfrentaremos o luto. Esse processo, embora procedente, pode ocorrer até mesmo durante a puerícia, quando a perda de um ente querido ou de um bicho de estimação pode ser profundamente dolorosa para uma petiz.
Nesse contexto, é principal que o adulto aborde o tema com sensibilidade, respeitando o nível de compreensão da petiz e oferecendo o espeque necessário. Uma abordagem cuidadosa pode ajudar a petiz a mourejar com os sentimentos de tristeza e confusão, facilitando a compreensão do que está acontecendo e proporcionando um espaço seguro para expressar suas emoções.
Histórias auxiliam na compreensão do luto
A buraco de um diálogo a partir da ficção surge porquê uma estratégia valiosa para ajudar os adultos a abordarem o tema de forma mais simbólica e alcançável. Segundo a psicopedagoga e escritora Paula Furtado, as narrativas permitem que os pequenos explorem o que sentem (seja tristeza, confusão, terror ou raiva) em um envolvente seguro e simbólico, facilitando a notícia.
“Os contos de fadas, com seus desafios e reviravoltas, ensinam que, mesmo diante de grandes dificuldades, porquê o luto, existem caminhos possíveis a serem trilhados. Essas histórias frequentemente levam os personagens a um final feliz, o que pode facilitar que a garotada perceba que, apesar da dor, há esperança e superação”, explica.
A psicopedagoga dá de exemplo as histórias da Branca de Neve e da Cinderela, em que as princesas perdem a mãe logo no início da história, e a escassez materna é um tema que molda suas jornadas. “No caso de O Rei Leão, o luto pela morte do pai de Simba é o ponto crucial da trama e da transformação do protagonista. Mesmo quando o luto não é explicitamente realçado, ele pode ser identificado em pequenas lacunas nas histórias”, comenta.
Recordação também ajuda na superação
Para a escritora, trabalhar com assuntos que mexam com as memórias afetivas dos pequenos também é uma abordagem eficiente para minimizar o sofrimento da perda, em que é verosímil permitir-se relembrar os bons momentos vividos com uma pessoa ou bicho que se foi e entender que, apesar da perda física, o paixão e os momentos compartilhados nunca desaparecem.
“Falar sobre a morte alivia o sentimento de confusão e terror, e contribui na elaboração da perda. E, muitas vezes, é o adulto que tem terror de abordar o tema, acreditando que protegerá a petiz ao evitar o matéria. No entanto, a curiosidade procedente das crianças as leva a fazer perguntas sobre a morte e os lutos vividos, e é principal responder essas indagações com honestidade”, explica a profissional.
Por Elenice Costola