Quando a saúde vira um 6 em 7

Larissa Serpa

Quando a saúde vira um 6 em 7

Muito provavelmente você já ouviu falar no tal do 6 em 7, muito usado no marketing do dedo. Faturar 6 dígitos (pelo menos R$100.000,00) em 7 dias de venda. Parece um pouco tão maravilhoso e fácil, principalmente porque tem uma fórmula para ser feito.

Olha, há qualquer tempo eu venho me aventurando pelo mundo do empreendedorismo e, sendo médica, você pode imaginar que tenho sofrido um mica. Não tenho um talento nato para a coisa, mas me interesso e estudo um tanto.

Essa coisa de um passo a passo simples, com resultados impressionantes em pouco tempo e que só dependem do seu esforço, brilha os olhos de qualquer um. Tem curso de monte por aí, com gurus de todos os tipos. Mas posso te relatar que não funciona para muita gente. Não funciona, na verdade, para quase ninguém.

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O que tenho observado é que esse mesmo fenômeno está acontecendo em outro lugar. Talvez você não tenha se percebido caindo em um 6 em 7 da saúde
! Promessas de resultados de físicos fenomenais, em um tempo curtíssimo e com aquela fórmula que só aquele profissional tem. Tem gente vendendo soro para isenção, chip para venustidade, probióticos únicos para a sua flora intestinal, kit de vitaminas para o cansaço e biohacking
para melhorar a mente.

É evidente que queremos uma solução rápida, com resultado impressionante (e não ligamos de remunerar muito numerário por isso). Assim uma vez que no marketing do dedo, a fórmula pode até funcionar, mas vai ser para uma porcentagem muito, mas muito pequena mesmo das pessoas. Se não dá notório, a sensação que fica é que você é inadequada, seu corpo que não é suficientemente bom para responder uma vez que os demais ou que você não se esforçou o suficiente. Quando na verdade mesmo, não existe nenhuma fórmula mágica que funcione para o que é realmente importante.

Se você me acompanha por cá, ou escuta o podcast Desestresse, já me ouviu muitas vezes expor que Saúde é um pouco que a gente cultiva todos os dias. Cada corpo é único, portanto cada ajuste precisa ser individual. O organização humano tem uma surpreendente capacidade de se restaurar se a gente puder oferecer as condições ideais para isso: uma sustento nutritiva, sono de qualidade e períodos de sota, músculos fortes e tendões alongados, uma mente tranquila e uma boa ração de afeto. Mas contamos também com o envolvente e as condições sociais em que vivemos – chamamos isso de determinantes sociais de saúde.

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Assim uma vez que quando plantamos uma semente, quando iniciamos bons hábitos de saúde passa um tempo longo sem que zero pareça estar acontecendo. Pode ser tentador desistir. Mas daqui a pouco surge um brotinho, que vai crescendo até desabrochar em uma flor formosa. Hábitos, que viram um modo de vida, que resulta em bem-estar quando a gente menos percebe.

O desenvolvimento profissional e pessoal, o paixão e a saúde têm todos um tempo lento. Não adianta precipitar, não tem estrada limitado. Uma vez que diz um querido professor, o que precisamos é aprender a velejar o tempo lento.

| Regina Chamon é médica clínica universal e hematologista, professora de reflexão
e autora do livro Reflexão e Saúde – dos mosteiros aos consultórios médicos. Está no Instagram no @drasanguebom

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