4 perguntas e respostas sobre o uso do DIU

O uso do dispositivo intrauterino, espargido popularmente uma vez que DIU, vem crescendo no Brasil. Somente na rede pública de saúde foram mais de 164 milénio inserções em 2023, segundo o Ministério da Saúde. O número representa um prolongamento de 43,6% em relação ao ano anterior.

Apesar de cada vez mais popular, há muitas dúvidas sobre o contraceptivo funciona e a sua real eficiência. Para esclarecer, o ginecologista Luiz Fernando Pina, profissional em reprodução humana e endometriose e fundador da clínica Baby Center Medicina Reprodutiva, responde a alguns dos questionamentos mais frequentes em consultório sobre o tema. Veja aquém!

1. Uma vez que o DIU funciona?

O DIU é um dispositivo disposto dentro do útero e tem uma vez que principal função bloquear a gravidez por um longo prazo. Atualmente existem três tipos : cobre, prata e hormonal, que são conhecidos normalmente pelos nomes de suas marcas. 

Todos agem de forma que impede o encontro do espermatozoide com o óvulo. O dispositivo pode ser inserido em consultório ou meio cirúrgico, sendo um procedimento simples. A mulher vai para lar no mesmo dia.

2. Qual a vantagem do método?

A principal vantagem é a duração prolongada. Outro fator importante é a paciente não precisar tomar pílula anticoncepcional. Mesmo no caso do DIU hormonal, o estômago e fígado da paciente não são expostos a hormônio , pois o dispositivo tem ação sítio.

Os índices de sucesso são muito altos. Mas, sim, existem relatos na literatura de falhas do DIU, uma vez que pode ocorrer com qualquer outro método contraceptivo. Se ele não estiver muito disposto, pode falhar. Também é recomendado que no primeiro mês de colocação haja uma prevenção suplementar , com preventivo, para asseverar a contracepção.

4. Quem usa DIU menstrua?

Com os tipos de cobre e prata, sim, a mulher tem fluxo menstrual . Já o DIU hormonal pode diminuir ou parar totalmente a mênstruo, por isso é tão importante que o método seja definido em conjunto com o médico, que indicará a melhor opção conforme a quesito clínica e objetivos da paciente. 

Por Eduarda Pires