
Metade dos pais não percebem sinais de comportamento suicida nos filhos
O índice de suicídio entre jovens no Brasil cresceu 6% ao ano entre 2011 e 2022
Metade dos pais não reconhecem sinais de isolamento extremo e comportamento suicida em seus filhos, de conciliação com pesquisa publicada na European Child & Adolescent Psychiatry, realizada com 800 adolescentes de quatro países europeus.
Já um estudo publicado no Journal of Adolescent Health, incluindo 1.200 famílias de diferentes regiões dos Estados Unidos, mostrou que 45% dos pais não notam a sisudez dos sintomas apresentados pelos filhos, e 35% acreditam que esses comportamentos são “normais para a idade”.
Os jovens são um dos públicos que mais demandam cuidados no que diz reverência à saúde mental. A discussão sobre o tema fica principalmente poderoso no mês de setembro, marcado pela prevenção ao suicídio com a campanha Setembro Amarelo .
O índice de suicídio entre jovens no Brasil cresceu 6% ao ano entre 2011 e 2022, enquanto as notificações de autolesões na fita etária de 10 a 24 anos aumentaram 29% ao ano no mesmo período. Esses números são superiores aos da população universal, que apontam propagação anual de 3,7% para suicídios e de 21% para autolesões. Os dados são de um estudo realizado pelo Cidacs/Fiocruz Bahia, em colaboração com pesquisadores de Harvard.
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Só uma temporada?
Segundo Danielle H. Admoni, psiquiatra universal e da Puerícia e Juventude, pesquisadora e supervisora na residência de Psiquiatria da Universidade Federalista de São Paulo (UNIFESP/EPM), é geral que pais de adolescentes confundam sintomas de sofrimento mental com as mudanças típicas da temporada.
“Muitos pais subestimam ou não percebem sinais de que seus filhos estejam com problemas que os colocam em risco de suicídio, o que pode resultar em intervenções tardias ou inadequadas”, sinaliza a perito pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
Um estudo realizado na Dinamarca revelou que 46,5% dos adolescentes que tentam suicídio realmente desejam morrer, enquanto somente 2,5% o fazem para “invocar a atenção”, desafiando a teoria de que essas tentativas são meramente uma forma de atrair foco para si. Outrossim, a pesquisa mostrou que 50% dos adolescentes relataram ter pensamentos suicidas por mais de um mês, sem ter espeque qualquer dos pais, agravando a intenção do suicídio.
Segundo a psicóloga Monica Machado, fundadora da Clínica Ame.C e pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, a puberdade é uma temporada marcada por profundas transformações físicas, emocionais e sociais.
“Ainda que o suicídio esteja associado a uma complexa interação de fatores psicológicos, biológicos e genéticos, muito uma vez que culturais e socioambientais, há alguns aspectos que prevalecem nessa tomada de decisão, e os pais precisam se notar a eles”, pontua a host do podcast Ame.Cast.
Uma vez que identificar comportamento suicida nos filhos?
Confira aquém alguns indícios apontados pelos especialistas:
Tentativas prévias de suicídio
Segundo a OMS, quem já tentou o suicídio tem de 5 a 6 vezes mais chances de fazer novamente. Outrossim, 50% daqueles que se suicidaram já haviam tentado anteriormente.
Transtornos mentais
A OMS estima que 97% das pessoas que cometeram suicídio tinham qualquer tipo de transtorno mental, muitas vezes, não diagnosticado, frequentemente não tratado ou não tratado de forma adequada.
“Depressão, transtorno bipolar, transtornos de personalidade, esquizofrenia e transtorno de sofreguidão generalizada são as condições mais associadas ao comportamento suicida”, cita Monica Machado.
Uma pesquisa feita pela Universidade de East Anglia, com 2.400 jovens com idades entre 14 e 24 anos, mostrou que os sintomas de sofreguidão social estavam significativamente associados a pensamentos suicidas e outros sintomas depressivos.
“Daí a influência da percepção e mediação dos pais na saúde mental dos filhos. A falta do diálogo e a versão errônea dos sinais apresentados corroboram para o comportamento suicida iminente”, ressalta Danielle Admoni.
Bullying
Segundo uma estudo publicada no Journal of Maternal and Child Health, o bullying em adolescentes aumenta o risco de suicídio em 2,70 vezes em verificação com aqueles que não sofrem bullying.
Um relatório da Unicef aponta que 150 milhões de adolescentes sofrem bullying nas escolas e murado de 720 milhões de crianças em idade escolar vivem em países onde não há proteção permitido, uma vez que a lei federalista brasileira n.13.185/2015, que refere o bullying uma vez que “intimidação sistemática”.
“O bullying envolve um ato de violência, seja física ou psicológica, realizado por uma ou mais pessoas de maneira premeditado e recorrente, sem uma razão clara, provocando sofrimento e sofreguidão, além de intimidar a vítima. No cyberbullying, o anonimato pode trazer uma vantagem ao executor do bullying, já que oriente pode lutar sem que a pessoa tenha chances de resguardo”, explica Admoni.
Segundo a psicóloga, as vítimas do bullying, em universal, têm vergonha de racontar o que estão sofrendo. “Cabe aos pais identificar comportamentos contínuos de tristeza, relutância em ir à escola, isolamento, irritabilidade metódico, sonolência, pranto excessivo, baixa autoestima, entre outros que incapacitem o jovem de ter uma vida normal”.
Mudanças no sono e no gosto
“Fique circunspecto tanto na insônia uma vez que na hipersonia, quando há sonolência diurna excessiva e/ou duração excessiva do sono; e nas alterações do gosto, seja comendo mais do que o normal ou menos que o de hábito”, diz Monica Machado.
Queda no rendimento escolar
Levante é um sinal evidente de que há alguma coisa de incorrecto com o jovem. “A depressão, por exemplo, altera a forma e velocidade do raciocínio, além da concentração”, elucida a psicóloga.
Automutilação
Segundo Danielle Admoni, em média, 70% dos jovens que se automutilam acabam fazendo pelo menos uma tentativa de suicídio. “A autolesão está relacionada à incapacidade de gerir as emoções, fazendo da dor uma maneira de manifestar o sofrimento psíquico”.
Comentários negativos/pessimistas
Frases uma vez que “a vida não vale a pena” ou “não vejo saída para os meus problemas” devem ser levadas a sério, pois podem refletir uma ideação suicida. “A sensação de descontrole dos próprios sentimentos pode levar à violência em jovens predispostos a esse comportamento, principalmente se confrontados com frustrações”, afirma Monica Machado.
Dores e alterações no organização
Sentir mal-estar frequentemente, e sem pretexto específica, pode ser sintoma de depressão ou outro transtorno. O tipo costuma sentir dor nas articulações e nos membros, dores nas costas, problemas gastrointestinais, cansaço excessivo, alterações da atividade psicomotora.
O que fazer?
Segundo as especialistas, todos esses fatores, quando combinados com a dificuldade originário que os jovens têm de expressar seus sentimentos, tornam a prevenção ao suicídio ainda mais desafiadora.
Portanto, a primeira providência a ser tomada é buscar ajuda com profissionais de saúde mental. Normalmente, o tratamento envolve terapia, podendo ter indicação de medicamentos, a depender do diagnóstico. “Vale lembrar que, por mais importante que seja a rede de espeque, ela não substitui o comitiva médico e terapêutico”, pondera Danielle Admoni.
Para além da ciência, um dos preceitos básicos é estar sempre por perto. “Seja alcançável ao seu fruto o tempo todo, para qualquer demanda. Muitas vezes, somente oriente ‘estar disponível’ já promove a sensação de guarida e segurança que seu fruto tanto precisa”, pontua a psicóloga Monica Machado.
“Outrossim, evite julgamentos precipitados e entenda que circunstâncias estressantes da vida podem ser fatores de risco para o suicídio de jovens”, finaliza Danielle Admoni.
Se você ou alguém que conhece estiver em sofrimento intenso ou crise suicida, entre em contato com o Núcleo de Valorização da Vida (CVV) no número 188 ou busque um serviço de atendimento em saúde mental na região – no Sistema Público de Saúde indicamos a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou o Núcleo de Atenção Psicossocial (CAPS).
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