3 relações entre células neurais e compulsão alimentar

A compulsão cevar envolve manducar excessivamente de forma descontrolada, causando culpa e afetando a saúde física e emocional (Imagem: Vector Point Studio | Shutterstock)

3 relações entre células neurais e compulsão cevar

A compulsão cevar é um distúrbio caracterizado pela ingestão excessiva e descontrolada de víveres, acompanhada de sentimento de culpa e vergonha. Esse comportamento pode ter um impacto significativo na saúde física e emocional dos indivíduos, afetando negativamente seu bem-estar e qualidade de vida.

Os sinais desse distúrbio podem variar, mas frequentemente incluem episódios repetidos de ingestão excessiva em um limitado pausa de tempo, mesmo na exiguidade de penúria real. Outros sintomas são a sensação de falta de controle durante essas refeições, manducar escondido e testar uma potente sensação de culpa depois. Aliás, a compulsão cevar pode estar associada a flutuações de humor e estresse, entre outros problemas emocionais.

Tratamento para a compulsão cevar

Maria Eduarda De Musis, psiquiatra e professora do curso de Medicina da Unic Extremo Rio, destaca que o tratamento da compulsão cevar deve ser multidisciplinar e personalizado para atender às necessidades específicas de cada tipo.

“Intervenções podem incluir terapia cognitivo-comportamental , que ajuda a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento relacionados à alimento. A consulta com um técnico pode oferecer orientações sobre alimento equilibrada e estratégias para melhorar a relação com a comida”, salienta. Em alguns casos, a medicação pode ser considerada para tratar sintomas associados, porquê depressão ou impaciência.

Células neurais e compulsão cevar

A ação da compulsão vai muito além da ingestão de víveres, conforme esclarece a médica. “A relação entre as células nervosas e a compulsão cevar é significativa, mas complexa e envolve a interação de vários sistemas no cérebro. As células nervosas, ou neurônios, desempenham um papel meão na regulação do comportamento cevar, influenciando tanto os aspectos fisiológicos quanto emocionais da alimento”, explica.

A seguir, a psiquiatra aponta três relações entre as células neurais e a compulsão cevar:

1. Sistemas de recompensa e prazer

Neurônios no sistema de recompensa do cérebro, que inclui áreas porquê o núcleo accumbens e o sistema dopaminérgico, são fortemente envolvidos na compulsão cevar. Esses neurônios respondem a estímulos prazerosos, porquê a ingestão de víveres, liberando neurotransmissores porquê a dopamina.

Quando a comida é associada a uma recompensa prazerosa, pode ocorrer um ciclo de comportamento compulsivo, em que a pessoa procura repetidamente esse prazer, mesmo em detrimento da saúde ou da urgência real de alimento.

2. Regulação do gosto e controle inibitório

Outros grupos de neurônios, localizados em áreas do cérebro porquê o hipotálamo e a amígdala, estão envolvidos na regulação do gosto e no controle das respostas emocionais associadas à alimento. O hipotálamo, por exemplo, é responsável por lastrar os sinais de penúria e saciedade, enquanto a amígdala está relacionada às respostas emocionais e ao estresse . Disfunções nessas áreas podem levar a uma dificuldade em controlar o impulso de manducar em excesso, resultando em episódios de compulsão cevar.

A compulsão cevar muitas vezes está ligada a fatores emocionais e psicológicos. Neurônios que regulam o estresse e as emoções podem influenciar a relação de uma pessoa com a comida. Por exemplo, sentimentos de impaciência, depressão ou estresse podem desencadear comportamentos alimentares desordenados porquê uma forma de automedicação, em que o ato de manducar se torna uma maneira de mourejar com emoções negativas.

A compulsão cevar é influenciada por complexas interações entre sistemas neurais responsáveis pela recompensa, regulação do gosto e controle emocional. Compreender essa relação pode ajudar a desenvolver abordagens mais eficazes para o tratamento e reversão do distúrbio cevar.

Por Camila Souza Crepaldi 

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