
MPF pede que Justiça continue investigação sobre Bolsonaro e Milton Ribeiro
O Ministério Público Federalista (MPF) pediu à Justiça a prolongação, “com ligeireza”, da investigação que mira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Milton Ribeiro, ex-ministro do seu governo, por acusações de prevaricação no Ministério da Ensino e suposta interferência nas apurações.
O parecer, enviado na segunda-feira (19), pede o envio “inopino” do caso à Polícia Federalista (PF) para apresentação das provas e conclusões obtidas até o momento.
“Considerando que não ocorreram novos andamentos investigativos no presente caso, tendo em vista que os autos ficaram aguardando a decisão do STF quanto à conhecimento para atuar no feito, verifica-se a premência de se prosseguir com ligeireza à apuração”, disse a procuradora da República Carolina Martins Miranda De Oliveira.
A investigação está na Justiça Federalista do Região Federalista.
O caso chegou a tramitar no Supremo Tribunal Federalista (STF) por motivo das suspeitas de que Bolsonaro teria interferido na investigação da PF que prendeu Ribeiro.
A portanto relatora, ministra Cármen Lúcia, devolveu a apuração à primeira instância depois que Bolsonaro deixou a presidência da República por motivo da perda de mesada.
O caso
A investigação apura supostos desvios no Ministério da Ensino. Milton Ribeiro e outros dois pastores são suspeitos de operar um “balcão de negócios” na pasta e na liberação de verbas do FNDE (Fundo Pátrio de Desenvolvimento da Ensino).
Prefeitos de várias cidades relataram ter recebido pedidos de propina por segmento dos pastores.
Ribeiro chegou a ser recluso preventivamente em operação da PF nessa investigação. O Tribunal Regional Federalista da 1ª Região revogou a prisão no dia seguinte.
Na quadra dos fatos, Ribeiro negou que tenha favorecido pastores.
Bolsonaro também negou que teria interferido na PF.