Mindfulness no tratamento da esclerose múltipla

O Dr. Marcos Alvarenga
, rabi e doutor em Neurologia e perito em Neuroimunologia explica: “A esclerose múltipla é a doença neurológica que mais incapacita adultos jovens no mundo. Estima-se um número global de pacientes em aproximadamente 2,5 milhões de casos, principalmente na Europa e na América do Setentrião. No entanto, no Brasil são estimados 50 milénio pacientes de convénio com diversos estudos epidemiológicos nacionais.

A doença afeta principalmente a mulheres entre 20 a 30 anos de idade e tem uma vez que base uma mudança imunológica que agride o cérebro e a medula espinhal, causando inflamações que se repetem ao longo da vida e geram sintomas neurológicos uma vez que perda da visão, formigamentos e perda de força nos membros, visão dupla, dificuldade para controlar a urina e muitas vezes comprometimento cognitivo.

O mais importante é ter o diagnóstico definido de forma rápida para que os tratamentos atuais possam estabilizar o sistema imune e impedir que mais inflamações ocorram no sistema nervoso médio. Impedindo assim o acúmulo de incapacidades.

A maioria dos pacientes sofre de impaciência
e depressão frente a esta enfermidade que de forma inesperada pode voltar a “hostilizar” e gerar sequelas neurológicas permanentes. O paciente com essa quesito deve seguir algumas recomendações: sustento saudável, fazer atividades físicas, cuidar de sua saúde
mental e ser medicado com o tratamento correto de convénio com a avaliação do neurologista. Seguindo essas regras habitualmente a doença é controlada e o paciente adquire qualidade de vida para conviver com o problema.”

Mindfulness pode ser uma terapia de base não exclusivamente para os sintomas mentais e emocionais, mas também no mourejar direto com os sintomas físicos da EM.

Um estudo que apareceu no BMC Neurology [Burschka, Keune, Oy, Oschmann, Kuhn (2014). “Mindfulness-based interventions in multiple sclerosis: beneficial effects of Tai Chi on balance, coordination, fatigue and depression”.], revela que um programa de tai chi chuan de duas sessões semanais de 90 minutos durante seis meses, “mostrou significativa melhoria no estabilidade, coordenação e depressão
nos pacientes de esclerose múltipla”.

O tai chi chuan é considerado um movimento consciente, uma secção integrante e importante do treinamento em Mindfulness, que trabalha de várias maneiras com consciência corporal.

Outro estudo, [Mills & Allen (2000). “Mindfulness of movement as a coping strategy in multiple sclerosis: a pilot study”.] revela melhorias significativas e subtracção da deterioração dos sintomas relacionados ao controle de movimentos, uma vez que melhoria no estabilidade, na intervalo que se aguenta caminhar, na redução do enrijecimento nas juntas e melhor controle da varíola. Se intervenções breves já demonstram resultados muito positivos, a reflexão
praticada consistentemente, por períodos mais longos, revela um aumento da rede neuronal em diversas áreas do cérebro, o que é de grande interesse já que pessoas sofrendo de esclerose múltipla têm uma maior tendência à neurodegeneração que a população universal [Luders, Toga, Lepore, Gaser. “The underlying anatomical correlates of long-term meditation: Larger hippocampal and frontal volumes of gray matter”. Neuroimage, Vol 45, Issue 3, 15 April 2009: 672–678; e Lazar, Kerr, Wasserman, et al. “Meditation experience is associated with increased cortical thickness”. Neuroreport 2005; 16(17):193-197]

As primeiras pesquisas sobre mindfulness no Oeste, na dezena de 80 com Jon Kabat Zinn, foram justamente sobre pacientes com doenças crônicas, tendo revelado efeitos significativos no sistema neuroendócrino, imunológico e neuroplástico, melhorando sua qualidade de vida. São décadas de estudo sobre Mindfulness no base do tratamento e melhoria da qualidade de vida naqueles que sofrem de doenças crônicas, dor e impaciência.

Nos programas de mindfulness, dor e ratificação são partes integrantes também do treinamento: o paciente desenvolve uma relação mais saudável consigo mesmo,lidando melhor com a culpa e autocobrança em excesso.

Um estudo publicado no British Journal of Health Psychology [Bogosian, Hughes, Norton, Silber, Moss-Morris. “Potential treatment mechanisms in a mindfulness-based intervention for people with progressive multiple sclerosis”.], mostrou que, no caso das pessoas com condições crônicas progressivas, “as intervenções baseadas em mindfulness podem ser mais benéficas focando em ajudá-las a concordar os desafios diários e ensiná-las a reconhecer seus pensamentos e sentimentos, permitindo um tempo para a ratificação e a autocompaixão se desenvolverem. Dinâmicas grupais também têm um papel fundamental no sucesso das intervenções baseadas em mindfulness”. Ensina o paciente a evitar remoer o pretérito ou se preocupar excessivamente com o horizonte. E é muito mais simples do que se imagina, é para todos e basta praticar para sentir os benefícios. Assim uma vez que podemos mudar nosso corpo com exercícios físicos, podemos mudar nossa mente e nosso emocional com as práticas de Mindfulness quando realmente implementadas na rotina.

Uma aluna minha diagnosticada EM deu seu prova:

“O Mindfulness mudou muita coisa na minha vida. Tanto sobre a minha saúde mental uma vez que física. No mundo moderno em que vivemos, não há que não sofra com impaciência em qualquer momento da vida. E para nós, portadores de esclerose múltipla, a impaciência e o estresse são fatores desencadeadores de crises que podem nos trazer sequelas físicas irreversíveis. Lógico que nao podemos ser 100% imunes ao estresse e aos problemas do dia a dia, mas o mindfulness me ajudou a entender que só posso mourejar com o cá e o agora e que preciso estar presente agora para que o meu eu horizonte possa ser a minha melhor versão. É preciso plantar agora para colher depois. Eu escolhi cuidar todos os dias da minha saúde física e mental para poder envelhecer da melhor forma que for verosímil. Na minha concepção, esse autocuidado é precípuo para uma vida ligeiro e mais feliz. Com isso, já estou ha 5 anos sem nenhuma crise! “Isabela Rodrigues

Cuide do seu corpo e da sua saúde física, mas não esqueça das suas emoções e da sua mente. Merecem o mesmo zelo. @ luizabittencourtmindful