
Fuvest 2025: veja quais são as leituras obrigatórias
Foram abertas nesta semana as inscrições para o vestibular 2025 da Fuvest, o vestibular da USP, que terá nove leituras obrigatórias. As inscrições poderão ser feitas até o dia 8 de outubro e a taxa é de R$ 211.
Entre as leituras obrigatórias estão obras de autores porquê Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles.
Segundo a organização, os participantes irão concorrer a mais de 8.000 vagas em cursos da USP. A primeira temporada ocorre no dia 17 de novembro.
Veja a lista completa:
- “Marília de Dirceu” – Tomás Antônio Gonzaga;
- “Quincas Borba” – Machado de Assis;
- “Os Ratos” – Dyonelio Machado;
- “Alguma Verso” – Carlos Drummond de Andrade;
- “A Ilustre Morada de Ramires” – Eça de Queirós;
- “Nós matamos o cão tinhoso!” – Luís Bernardo Honwana;
- “Chuva fundíbulo” – Ruth Guimarães;
- “Romanceiro da Inconfidência” – Cecília Meireles;
- “Dois irmãos” – Milton Hatoum.
Além das leituras mencionadas, é esperado que o candidato tenha “conhecimento das obras representativas dos diferentes períodos das literaturas brasileira e portuguesa”.
“O conhecimento desse repertório implica a capacidade de indagar e interpretar os textos, reconhecendo seus diferentes gêneros e modalidades, muito porquê seus elementos de elaboração, tanto aqueles próprios da prosa quanto os da verso. Implica também a capacidade de relacionar o texto com o conjunto da obra em que se insere, com outros textos e com seu contexto histórico e cultural”, diz a organização.
O repertório de leitura inclui:
Literatura brasileira:
- Barroco: Gregório de Matos (Verso satírica e verso lírico-amorosa).
- Arcadismo: Cláudio Manuel da Costa (Sonetos); Tomás Antônio Gonzaga (Marília de Dirceu).
- Romantismo: Gonçalves Dias (Poesias); Álvares de Azevedo (Noite na taverna, Lira dos vinte anos); Castro Alves (Espumas flutuantes, Os escravos); José de Alencar (Iracema, O guarani, Til, Senhora); Manuel Antônio de Almeida (Memórias de um Sargento de Milícias).
- Realismo – Naturalismo: Machado de Assis (Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó, Memorial de Aires – Papéis avulsos, Histórias sem data, Várias histórias); Aluísio Azevedo (O cortiço); Raul Pompeia (O Ateneu).
- Parnasianismo – Simbolismo: Raimundo Correia (Sinfonias); Cruz e Souza (Broquéis, Últimos sonetos).
- Pré-modernismo e Modernismo: Lima Barreto (Triste Termo de Policarpo Quaresma); Mário de Andrade (Lira paulistana, Amar, Verbo Intransitivo, Macunaíma, Contos novos); Oswald de Andrade (Poesias reunidas, Memórias sentimentais de João Miramar); Alcântara Machado (Brás, Varíola e Barra Fundíbulo); Manuel Bandeira (Estrela da Vida Inteira).
- Prosa: José Lins do Rego (Lume morto); Graciliano Ramos (São Bernardo, Vidas Secas); João Guimarães Rosa (Sagarana, Primeiras estórias, Manuelzão e Miguilim); Jorge Querido (Capitães da Areia); Helena Morley (Minha vida de moçoila); Clarice Lispector (Perto do Coração Selvagem, A Legião Estrangeira, A Hora da Estrela); Pedro Nava (Balão cativo); Rubem Braga (Crônicas – Contos); Dalton Trevisan (Cemitério de Elefantes); Rubem Fonseca (Feliz Ano Novo)
- Verso: Carlos Drummond de Andrade (Alguma Verso, Sentimento do Mundo, A Rosa do Povo, Evidente Esfinge); João Cabral de Melo Neto (Morte e Vida Severina, A Instrução
pela Pedra); Ferreira Gullar (Toda verso).
Literatura portuguesa:
- Trovadorismo: (Cantigas de colega e Cantigas de paixão).
- Humanismo: Gil Vicente (Farsa de Inês Pereira, Auto da Barca do Inferno).
- Classicismo: Camões (Verso lírica: sonetos; verso épica: episódios do Concílio dos Deuses (I, 20-41), de Inês de Castro (III, 118-135), do Velho do Restelo (IV, 90-104) e do Gigante Adamastor (V, 37-60), de Os Lusíadas).
- Barroco: Padre Antônio Vieira (Sermão da Sexagésima, Sermão da Quarta-feira de Cinzas).
- Arcadismo: Bocage (Sonetos).
- Romantismo: Almeida Garrett (Viagens na Minha Terreno); Alexandre Herculano (Eurico, o Presbítero); Camilo Forte Branco (Paixão de Perdição).
- Realismo: Eça de Queirós (A Cidade e as Serras, O Primo Basílio, A Ilustre Morada de Ramires, Os Maias, A relíquia).
- Simbolismo: Camilo Pessanha (Clepsidra).
- Orpheu: Mário de Sá Carneiro (verso: Dissipação e Indícios de Oiro); Fernando Pessoa (Verso ortônima e heterônima).
- Modernismo: Miguel Torga (Os Contos da Serra); Vergílio Ferreira (Aparição); José Saramago (Memorial do Convento); Agustina Bessa-Luís (A Sibila).
Literaturas africanas em língua portuguesa
- Pepetela (Mayombe);
- José Luandino Vieira (Luuanda).
O que é esperado na prova de Português
Segundo a Fuvest, a prova de Português tem o objeto de determinar a capacidade de leitura, compreensão e versão de textos literários e não literários, além de medir “a capacidade para mobilizar conhecimentos linguísticos na produção de textos que atendam aos requisitos de adequação, correção, coesão e congruência”.
O candidato deve, portanto, “dominar a norma culta da língua escrita, reconhecer outras variedades linguísticas, assim porquê possuir um visível repertório de leituras de textos literários, no nível próprio do concluinte do Ensino Médio”.
Teor da prova
- regência nominal e verbal;
- pronomes;
- advérbios;
- conectivos: função sintática e valores lógico-semânticos.
- Processos de organização da frase:
– coordenação e subordinação;
– reorganização de orações e períodos. - Citação de discursos: direto, indireto e indireto livre.
- Organização do texto:
– dissertação: indumento e mostra; argumento e inferência / relações lógicas;
– narração: sequenciação de eventos; temporalidade; causalidade;
– descrição: simultaneidade / espacialidade na ordenamento dos elementos descritores. - Estratégias de fala do texto:
– coesão lexical, referencial e fala de enunciados de qualquer extensão;
– paragrafação. - Recursos expressivos:
– ritmo e sonoridade;
– recursos morfológicos, léxicos e sintáticos. - Intertextualidade.
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