
Saiba como foi projetada a tocha olímpica, inspirada nos reflexos da Torre Eiffel sobre o rio Sena
Aos 50 anos, o designer francesismo do momento foi responsável pelo design da tocha que será acesa nos próximos Jogos Olímpicos de Paris e que já está percorrendo as ruas da Cidade Luz. Aliás, ostenta o título de Designer do Ano 2024 da feira de tendências Maison&Objet e figura entre os 100 designers destacados da Architectual Digest (AD), a plataforma de arquitetura, design e decoração europeia.
Devotado a finalizar os detalhes da tocha olímpica que teve uma produção de 2 milénio unidades (cinco vezes menos que em outras edições), responde por e-mail sobre o processo de design, a inspiração nos reflexos da Torre Eiffel (invertida) sobre o Sena e a frase de Victor Hugo que funcionou uma vez que gatilho ao esboçar o símbolo icônico dos Jogos Olímpicos.
“O material escolhido é aço reciclado 100%, que permite reduzir a pegada de carbono e garante resistência a qualquer clima”, destaca Lehanneur sobre o objeto que não poderia tarar mais de 2 quilos, para que os atletas mais jovens possam carregá-lo com facilidade. De indumentária, ele conseguiu reduzi-lo para 1 quilo e meio.
“É um repto trabalhar em um objeto que faz secção da história, que é ao mesmo tempo ritualístico e político”, diz o designer que se move uma vez que peixe na chuva na dinâmica de trabalho multidisciplinar. Para oriente projeto, por exemplo, convocou um engenheiro “especializado em fogões a querosene para aventureiros alpinos extremos”.
O design final resultou em um cetro de aço inoxidável na cor champanhe. A secção superior é formada por metal escovado fosco aerodinâmico e a metade subordinado, polida e moldada, replica as suaves ondulações do rio Sena, que será um dos cenários principais da cerimônia de preâmbulo, prevista para 26 de julho deste ano.
“Além de seus monumentos e gastronomia, Paris representa a arte de viver à extremo d’chuva. O Sena é o laço e o coração pulsante da cidade. O design da tocha também se constrói sobre outros dois pilares: silêncio e paridade. Desde o início, eles me pareceram as melhores encarnações dos Jogos de Paris”, diz Lehanneur. E acrescenta: “A teoria de silêncio é transmitida através das curvas e linhas contínuas. Porque mesmo que os jogos sejam um espaço de competição e desempenho, a labareda continua sendo um objeto de transmissão e incorpora os valores da silêncio. Neste sentido, concebo os jogos uma vez que suspensos no tempo, uma sede fraterna que o esporte pode e deve trazer, independentemente das tormentas do mundo”.
Para prometer que a labareda permaneça acesa mesmo com ventos fortes, o designer adicionou uma preâmbulo vertical que permite a circulação de ar. A tocha foi acesa pela primeira vez em Olímpia, na Grécia, em 16 de abril, seguindo a tradicional cerimônia que inclui uma jornada pelo Mar Mediterrâneo e várias etapas em cidades francesas. “Núcleo, estabilidade e um trecho de Victor Hugo”, afirma Lehanneur de seu bunker com sentimento industrial nos periferia de Paris, no coração do bairro de Ivry-sur-Seine.
Ele se refere à motivação que encontrou na frase “A forma é a substância que emerge à superfície”, do responsável de Os Miseráveis. A partir do noção de Victor Hugo, Lehanneur propôs transformar o noção da tocha em um ícone funcional, com identidade, com sotaque francesismo e perspectiva de gênero. Levante ano, os primeiros Jogos Paralímpicos serão celebrados paralelamente aos Olímpicos e a participação de atletas masculinos e femininos será igualitária.
“Era necessário que a tocha falasse de paridade, paridade e isenção. E que, apesar de os jogos implicarem subida competição e super performance, oriente objeto fosse generoso, simbolizasse coesão e levasse as bandeiras do colaborativo”, diz o designer que, para comemorar a ocasião, otimizou os elementos de simetria, estabilidade e padrões uniformes que pretendem refletir a secção superior da tocha na subordinado. Aliás, de longe, o dispositivo não somente reflete a emblemática Torre Eiffel no rio, mas também se pode vislumbrar duas garrafas de champanhe abertas.
Uma reflexão própria sobre a história da cultura e da arquitetura que responde à grande pergunta: “O que eu realmente preciso?” “Evadir, decolar, respirar, viver. Estas são algumas ações que resumem o projeto que, uma vez que a tocha, também se baseia na teoria de independência e liberdade, longe de todo o estrondo e densidade, em direção a qualquer outro lugar para se inventar e reinventar”, responde o designer, que usou uma vez que referência os modos de habitação isolados, as soluções do iglu, da colmado e da iurta.
Esta reflexão, que ele aprofundou durante a pandemia, onde imaginou cenários de bolha compatíveis com universos íntimos e protegidos, o levou a projetar um quarto invólucro. “Era uma vez um sonho” responde à urgência de conforto em nossos espaços vitais e às tecnologias de ponta que apresentam soluções e serviços inspirados na natureza. Levante espaço foi projetado para a reabertura do Hôtel de Marc e foca nos rituais noturnos e na higiene do sono.
Colecionador de formas orgânicas
“Me iguaria de geometrias complexas da natureza e de fenômenos racionais e irracionais. Quero que minhas peças sejam seres vivos; que pareçam respirar, sentir e continuar crescendo… Quero que sejam obras de arte e suportes para reflexão ou reflexão. Sempre se trata de um estabilidade entre matemática e magia, entre função e emoção”, reflete Lehanneur, que na puerícia queria ser médico.
Ele começou seus estudos em Belas Artes, mas durou somente um ano. “Nunca me imaginei trabalhando sozinho em um ateliê, procurando inspiração… Senti desde muito cedo que precisava de contextos e interações para gerar. Precisava estar no meio de um ecossistema. Para ser honesto, naquela era eu não sabia zero sobre design, nem mesmo o nome de qualquer designer”, confessa e lembra uma anedota que o marcou para sempre: “Durante a entrevista de recepção na École Nationale Supérieure de Création Industrielle em Paris, o júri me perguntou quem era meu designer predilecto. Depois de um longo silêncio, respondi: ‘o designer que inventou a primeira escada rolante’. Obviamente, não sabia seu nome, e o júri também não, mas a pergunta me permitiu transmitir a fascinação por oriente objeto surreal e mágico que colocava a escada em movimento. E ainda estou enamorado por ela”, brinca.
A anos-luz dessa entrevista, agora o designer francesismo pensa no porvir próximo e prepara sua chegada a Novidade York, onde abrirá um estúdio no individual arranha-céu Selene, com vista para o Medial Park. “Concebo oriente espaço uma vez que o de um colecionador imaginário. Rodeado de formosura, suspenso no ar, uma vez que uma ilhota no firmamento”, diz sobre o novo bunker de luxo.
Sobre a convívio entre a artesanato tradicional e a lucidez sintético, prefere não estabelecer hierarquias entre processos e técnicas, nem enfrentá-los. “Eu os aprecio pelo que são quando foram criados ou inventados. Desde as pedras talhadas até o microprocessador, da caverna à espaçonave… São, ou foram, ótimos no contexto ou na era que os viu nascer. Dependendo do que quero expressar, os escolho, ou os reativo. Trabalhei com cerâmica esmaltada tradicional e encomendei fotos via satélite específicas ao mesmo tempo e com o mesmo propósito. É muito comovente reunir processos ancestrais e tecnologias mais contemporâneas no mesmo projeto. Também é uma maneira de integrar toda a história da humanidade em cada peça”, conclui.