especialistas alertam sobre os riscos da cirurgia

Reprodução: commons

A ceratopigmentação foi desenvolvida, inicialmente, para tratamento dos olhos

A tatuagem nos olhos é o procedimento do momento. Diversas pessoas estão realizando a mudança de cor no órgão cá no Brasil e no mundo. No entanto, especialistas alertam para o risco e as consequências da operação.

Inicialmente, o procedimento, chamado de ceratopigmentação, foi desenvolvido para tratamento dos olhos para as pessoas que tem cicatrizes na segmento frontal transparente do olho, conhecida uma vez que córnea, tenham infecção, lesão, ou aniridia, quesito em que a íris não se formou adequadamente.

“Muitos pacientes que apresentam fanatismo permanente em um olho sofrem com o estigma social que sua ar pode provocar. A ceratopigmentação é uma técnica indicada para casos em que o paciente cego não se adapta à lente de contato cosmética (lente de contato colorida), ou quando não há indicação de evisceração ou enucleação (retirada do mundo ocular) para adaptação de prótese ocular”, diz a cirurgiã oftalmologista Juliana Feijó Santos à Escritório Brasil.

“É importante enfatizar que a ceratopigmentação refere-se unicamente à coloração corneana, sendo a modificação da coloração escleral (a segmento branca do olho) totalmente proscrita (não deve ser realizada)”, destaca Juliana.

Mas, o procedimento se tornou uma tendência estética popular, divulgado por vários influenciadores no TikTok que mudam a cor de seus olhos – geralmente de marrom para azul ou verdejante.

“São pessoas que têm olhos saudáveis, não têm problemas oculares e depois vão fazer um procedimento puramente por [razões cosméticas] que pode ter enormes implicações a longo prazo no que diz reverência à saúde ocular e à visão que as afetará para o resto da vida”, disse Alex Day, cirurgião oftalmologista consultor e oftalmologista do hospital oftalmológico privado Moorfields, em Londres, ao The Guardian.

Porquê é a cirurgia?

A ceratopigmentação envolve que o paciente receba uma anestesia lugar antes que o cirurgião realize um incisão na córnea usando um laser ou agulha. Feito isso, o órgão criará uma pequena bolsa e é nela que os pigmentos, ou seja, a cor, são injetados. 

Em janeiro deste ano, a Liceu Americana de Oftalmologia emitiu alertas sobre a ceratopigmentação e outra técnica que altera a cor dos olhos, conhecida uma vez que cirurgia de implante de íris. A entidade afirma que os procedimentos apresentam sérios riscos de perda de visão e complicações.

“Os pacientes que contemplam estes procedimentos unicamente por razões cosméticas devem tarar estes riscos graves contra o proveito potencial”, afirmou a organização.

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