UE vai impor sanções à indústria iraniana de drones e mísseis

Olivier HOSLET

Dirigentes posam para foto de família da reunião de cúpula da União Europeia em Bruxelas, em 17 de abril de 2024

Olivier HOSLET

Os líderes dos países da União Europeia (UE) chegaram a um entendimento na noite desta quarta-feira (17) para a adoção de novas sanções contra produtores iranianos de drones e mísseis, anunciou o presidente do Recomendação Europeu, Charles Michel.

“Decidimos adotar sanções contra o Irã. É uma mensagem clara que queremos enviar”, declarou Michel durante um breve contato com a prensa ao término do primeiro dia de uma cúpula da UE em Bruxelas.

A teoria, segundo o cocuruto dirigente belga, “é atingir as empresas que são necessárias para os drones e mísseis”. “Temos que isolar o Irã”, frisou.

Os rascunhos das conclusões, negociadas durante vários dias, assinalavam que a UE “estava pronta” para adotar essas sanções, mas a posição evoluiu claramente ao longo do dia.

A UE já adotou sanções contra o Irã pela transferência de drones e de sua tecnologia à Rússia para uso na Ucrânia.

Nas conclusões da jornada incipiente da cúpula, os mandatários assinalaram que a UE “tomará medidas restritivas contra o Irã, mormente em relação aos veículos aéreos não tripulados e mísseis”.

A cúpula também condenou “energicamente e de forma inequívoca” o ataque do Irã a Israel com drones e mísseis, e reiterou o compromisso do conjunto “com a segurança de Israel e a firmeza regional”.

Os mandatários dos países da UE acrescentaram que estavam preparados para “trabalhar com todos” os parceiros “para evitar uma escalada de tensões na região, mormente no Líbano”.

Na sessão desta quarta, os dirigentes europeus voltaram a abordar a situação na Ucrânia, e destacaram a urgência de transferir equipamentos de resguardo aérea para esse país.

O texto das conclusões da cúpula “destaca a premência de proporcionar urgentemente resguardo aérea à Ucrânia e de açodar e intensificar a entrega de toda a assistência militar necessária”.

– Resguardo aérea, um ponto crítico –

A entrega de equipamentos de resguardo aérea à Ucrânia marcou secção da jornada.

Ao chegar à reunião, o director de governo da Alemanha, Olaf Scholz, instou os outros países do conjunto a seguirem o exemplo de Berlim e enviarem à Ucrânia equipamentos de resguardo aérea Patriot.

Porquê já se tornou habitual, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, participou do evento por videoconferência e insistiu nos pedidos de equipamentos para resguardo aérea.

Zelensky reforçou que aliados ocidentais tinham ajudado Israel com sucesso a interceptar drones e mísseis iranianos, e pediu que façam o mesmo com a Ucrânia em sua resguardo dos projéteis russos.

“Na Ucrânia, lamentavelmente não temos o mesmo nível de resguardo que vimos no Oriente Médio há poucos dias […] O firmamento da Ucrânia e o firmamento de nossos vizinhos merecem a mesma segurança”, destacou Zelensky em sua mensagem aos dirigentes dos países da UE.

Na tarde de hoje, a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, havia comentado aos jornalistas que o ocorrido nos céus de Israel “mostra que podemos fazer mais”.

“Podemos proporcionar resguardo aérea à Ucrânia da mesma maneira, de forma que seja capaz de prevenir esses ataques”, acrescentou a premiê estoniana.

A Ucrânia admite que está ficando sem sistemas para atrofiar mísseis e drones russos, no momento em que a Rússia multiplica seus bombardeios à infraestrutura ucraniana.

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