Vacinas contra o sarampo salvam cinco vidas por segundo, destaca OMS

Tânia Rêgo/Dependência Brasil – 26/01/2022

Em nota, a OMS avalia que a cobertura vacinal inadequada impulsiona o aumento de casos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, desde o ano 2000, vacinas contra o sarampo salvem muro de cinco vidas por segundo. Mesmo assim, dados divulgados esta semana pela entidade apontam que, exclusivamente em 2023, aproximadamente 10,3 milhões de casos da doença foram registrados em todo o planeta – 20% a mais que em 2022.

Em nota, a OMS avalia que a cobertura vacinal inadequada impulsiona o aumento de casos. “O sarampo pode ser evitado com duas doses; no entanto, mais de 22 milhões de crianças perderam a primeira ração em 2023. Globalmente, estima-se que 83% delas receberam a primeira ração no ano pretérito, enquanto exclusivamente 74% receberam a segunda ração recomendada.”

A vacina que previne o sarampo é a tríplice viral, que está disponível gratuitamente nos postos de saúde do Brasil. A recomendação do Programa Vernáculo de Imunizações é que vacina seja aplicada em duas doses, aos 12 e aos 15 meses de idade.

A OMS destaca a urgência de uma cobertura vacinal de pelo menos 95% de ambas as doses em todos os países e territórios para prevenir surtos e para proteger a população de “um dos vírus humanos mais contagiosos em todo o mundo”. A vacina contra o sarampo, segundo a OMS, já salvou mais vidas ao longo dos últimos 50 anos que qualquer outro imunizante.

O transmitido alerta que, uma vez que resultado de lacunas globais na cobertura vacinal, 57 países registaram surtos de sarampo em todas as regiões, exceto nas Américas – um aumento de quase 60% em relação aos 36 países identificados no ano anterior. África, Mediterrâneo Oriental, Europa, Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental lideram o aumento sumarento de casos, sendo que quase metade de todos os surtos ocorreu no continente africano.

“Dados recentes mostram que muro de 107,5 milénio pessoas – a maioria crianças com menos de 5 anos – morreram por justificação do sarampo em 2023. Embora isso represente uma queda de 8% em relação ao ano anterior, são crianças demais ainda morrendo em razão de uma doença evitável”, avaliou a OMS.

“Mesmo quando as pessoas sobrevivem ao sarampo, podem ocorrer efeitos graves para a saúde, alguns dos podem porfiar por toda a vida toda. Bebês e crianças pequenas correm maior risco de complicações graves, que incluem fanatismo, pneumonia e encefalite (infecção que justificação inchaço cerebral e, potencialmente, danos cerebrais).”

Brasil livre do sarampo

Cinco anos depois perder o certificado de eliminação do sarampo, em 2019, o Brasil recebeu esta semana da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o status de país livre da doença. O último registro de sarampo no Brasil, de contrato com o Ministério da Saúde, aconteceu em junho de 2022, no Amapá.

Dados da pasta indicam que, entre 2018 a 2022, foram confirmados 9.329, 21.704, 8.035, 670 e 41 casos de sarampo, respectivamente. Em 2022, os estados que confirmaram casos foram: Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá, sendo que o último caso confirmado foi registrado no Amapá, com data de início do exantema (erupções cutâneas) em 5 de junho.

Em 2024, o Brasil chegou a registrar dois casos confirmados, mas importados, sendo um em janeiro, no Rio Grande do Sul, proveniente do Paquistão; e um em agosto, em Minas Gerais, proveniente da Inglaterra.

O ministério define o sarampo uma vez que uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode suscitar complicações graves, uma vez que diarreias intensas, fanatismo, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro). “A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação”, ressaltou a pasta.

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