
SP investiga três casos suspeitos de contaminação por dengue em transfusão de sangue
Doação de sangue
O estado de São Paulo investiga três casos suspeitos de contaminação por dengue via transfusão de sangue . Um deles foi o do motorista Silvio Soares, de 44 anos, que estava internado há mais de um mês para o tratamento de um cancro da medula óssea e faleceu em decorrência da dengue. As informações são do G1.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou, em nota enviada ao G1 que, “neste ano, foram notificados três casos prováveis, de transmissão do vírus da dengue por meio de transfusões de hemocomponentes e/ou transplante de órgãos, na capital paulista”.
Ainda, o órgão destacou que “os profissionais de saúde devem estar atentos aos pacientes que apresentam quadros febris, náusea/vômitos, dor de cabeça, entre outros sintomas até 15 dias depois a transfusão de sangue ou transplante”.
De pacto com a Secretaria, o estado emitiu, em julho, uma nota conjunta com entidades uma vez que a Instauração Pró-Sangue, Hemorrede e Medial de Transplantes, com orientações aos bancos de sangue quanto a verificação de sintomas aos doadores, “mas informando também que infectados com o vírus da dengue podem não apresentar sintomas no momento da doação, mas estar em período de viremia”.
“Assim, todos os casos suspeitos de transmissão via transfusional ou via transplante devem ser notificados imediatamente para os serviços de vigilância em saúde e para o banco de sangue que forneceu o hemocomponente, para avaliação e investigação do caso e do doador”, finaliza a nota.
Os casos de suposta dengue transfusional acontecem pouco depois o escândalo da contaminação por HIV no transplante de órgãos de seis pacientes no Rio de Janeiro.
Novo protocolo
Um grupo de pesquisadores da Fiocruz, Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue (ISBT) e Anvisa desenvolveu, em julho do ano pretérito, uma proposta no protocolo na estudo de sangue doado.
Hoje, o Brasil testa os materiais doados para Hepatite B e C, Sífilis, doença de Chagas, vírus HTLV I e I, HIV e Malária. O novo protocolo propõe rastrear também a dengue e outros vírus da família flavivírus.
Essa proposta foi enviada e submetida à estudo do Ministério da Saúde. “A incorporação de novas tecnologias ao SUS segue um processo definido pela CONITEC, que inclui a estudo de evidências científicas robustas e a avaliação da viabilidade técnica e financeira”, explicou o órgão.
“Outrossim, a proposta também passará por estudo de Bio-Manguinhos, responsável pelos testes moleculares atualmente fornecidos pelo Ministério da Saúde para a Rede de Serviços de Hemoterapia. Dada a complicação da medida, ainda não há um prazo definido para a epílogo dessa avaliação e tomada de decisão”, ressaltou a pasta.
Nota da Secretaria da Saúde
“A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo ressalta que os profissionais de saúde devem estar atentos aos pacientes que apresentam quadros febris, náusea/vômitos, dor de cabeça, entre outros sintomas, até 15 dias depois a transfusão de sangue ou transplante. São Paulo emitiu, em julho deste ano, uma nota normativa conjunta com entidades uma vez que a Instauração Pró-Sangue, Hemorrede e Medial de Transplantes, com orientações aos bancos de sangue quanto a verificação de sintomas aos doadores, mas informando também que infectados com o vírus da dengue podem não apresentar sintomas no momento da doação, mas estar em período de viremia. Assim, todos os casos suspeitos de transmissão via transfusional ou via transplante devem ser notificados imediatamente para os serviços de vigilância em saúde e para o banco de sangue que forneceu o hemocomponente, para avaliação e investigação do caso e do doador.
Neste ano, foram notificados três casos prováveis, de transmissão do vírus da dengue por meio de transfusões de hemocomponentes e/ou transplante de órgãos, na capital paulista.”
Nota do Ministério da Saúde
“A recomendação da Fiocruz, da Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue, da Sociedade Brasileira de Imunizações e da Anvisa para a adoção de um novo método de rastreamento de dengue e outros flavivírus no sangue de doadores foi recebida pelo Ministério da Saúde e será devidamente analisada.
A incorporação de novas tecnologias ao SUS segue um processo definido pela CONITEC, que inclui a estudo de evidências científicas robustas e a avaliação da viabilidade técnica e financeira.
Outrossim, a proposta também passará por estudo de Bio-Manguinhos, responsável pelos testes moleculares atualmente fornecidos pelo Ministério da Saúde para a Rede de Serviços de Hemoterapia. Dada a complicação da medida, ainda não há um prazo definido para a epílogo dessa avaliação e tomada de decisão.”
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