
'Compra no Zap': empresa que cria atendentes com IA capta R$ 110 milhões para avançar no Brasil
Você está de natalício e, de repente, chega uma mensagem no WhatsApp da varejista Renner de presenteando com um cupom de desconto. Ou portanto, num dia qualquer, esse mesmo chat relembra que você deixou uns produtos na sacola online, e te convida a concluir a compra.
Provavelmente essa cena já aconteceu com você. Se não com a Renner do outro lado da conversa, com outra qualquer grande varejista brasileira que aproveita o roupa de praticamente todo brasílico ter WhatsApp para vender mais. Durante a pandemia, teve até quem criou campanha para ‘comprar no Zap”.
Agora, se foi com a Renner (ou com a Oficina Suplente, Puravida, Daki, Swift, Malwee, Camicado, Oscar Calçados e Farmácias São João), saiba que por trás dessa tecnologia está uma empresa de São Francisco, nos Estados Unidos.
Trata-se da Connectly, uma das líderes em perceptibilidade sintético aplicadas em negócio conversacional, um nome complicado para invocar aquele tipo de venda que acontece em conversas online, uma vez que as do WhatsApp. Apesar de estrangeira, a startup tem cá no Brasil seu maior faturamento e a maior equipe. Não à toa, já recebeu de gigantes nacionais, uma vez que a própria Renner, aportes para concordar seu prolongamento.
Agora, vem de uma varejista do outro lado do planeta um novo cheque para estruturar o prolongamento da startup norte-americana.
A Connectly acaba de anunciar a captação de 110 milhões de reais, numa rodada Series B liderada pelo Alibaba, grupo de e-commerce chinês possuidor do AliExpress. Participaram da captação, ainda, a Unusual Ventures, a Volpe Capital, a RX Ventures (do Grupo Renner), a Falabella Ventures e a Philippos Kourkoulos Latsis.
Desse valor, a maior segmento virá para o Brasil.
“O Brasil é o nosso maior repto, porque praticamente todo mundo usa WhatsApp. Se conseguirmos dominarmos a tecnologia cá, conseguiremos em qualquer lugar”, disse o superintendente mercantil da startup, o helênico Vasilis Karkantzos, numa entrevista exclusiva — e em português (um dos cinco idiomas que ele fala para conseguir vender para o mundo inteiro) — à EXAME.
Qual é a história e o que faz a Connectly
Fundada em 2020, no Vale do Silício, por veteranos de big techs uma vez que Facebook, Google, Uber e até mesmo da NASA, a empresa utiliza modelos proprietários de IA Generativa e tem ajudado varejistas do mundo todo a expandirem seus negócios por meio de mensagens personalizadas, um serviço disponível 24 horas por dia.
A startup foi criada por Stefanos Loukakos, ex-diretor do Facebook, e por Yandong Liu, ex-CTO do aplicativo de corrida Strava. Em 2022, o negócio aterrissou no Brasil. Um ano depois, fez uma rodada com aportes da Renner e da Volpe, que permitiu, inclusive, a ingressão no mercado dos Estados Unidos e o lançamento de uma assistente de recomendação de produtos para os clientes.
Na prática, a empresa oferece uma plataforma em que as companhias podem gerar campanhas interativas, no WhatsApp dos clientes, utilizando perceptibilidade sintético. Se uma marca tem uma lista de contatos e quer fazer com que eles virem clientes, por exemplo, pode enviar uma mensagem no aplicativo de conversas pela Connectly. A startup de São Francisco, portanto, automatizará e personificará a conversa com perceptibilidade sintético. Assim, para o cliente final, vai parecer que a mensagem foi pensada, diretamente, para ele.
“Estamos trabalhando para levar a tecnologia às marcas ao volta do mundo, criando interações mais personalizadas em graduação”, diz Loukakos. “Já conquistamos muito no último ano, incluindo o lançamento de uma novidade Pesquisa com IA para empresas, e a Sofia AI (que consegue indicar produtos personalizados para cada consumidor)”.
Porquê será o novo aporte
Com o novo aporte, duas frentes serão aceleradas: a de tecnologia e a de pessoas.
- Tecnologia: custear o desenvolvimento e o processamento da perceptibilidade sintético, permitindo que ela tenha uma atuação global
- Pessoas: contratar pessoas para desenvolver tecnologia e, principalmente, o time de vendas
Porquê a captação é liderada pelo Alibaba, a Connectly também terá seus serviços funcionando no e-commerce chinês. A startup entrou no negócio chinês há 10 meses.
“Eles nunca usaram WhatsApp uma vez que ducto até agora”, diz Vasilis. “Começamos a conversar para eles se tornarem nossos clientes e acabou que entraram, também, para o time de investidores”.
A meta é duplicar a receita global – não divulgada – até o final do próximo ano. Nos últimos dois anos, a Connectly cresceu 15 vezes. Na filosofia do prolongamento, um ponto importante: desenvolver uma tecnologia que seja eficiente, mas mais ainda, simples para o cliente.
“Se eu não posso provar em cinco minutos porque a tecnologia vale a pena, a tecnologia não está pronta”, diz Vasilis. “Nosso IA pode ser programado em menos de um minuto, em todos os idiomas. Em 10 minutos, você pode gerar uma estratégia completa de vendas por WhatsApp. É mal estamos crescendo”.
Com a gana para invadir novos clientes e com esse novo cheque, pode apostar: em qualquer momento, a mensagem que você receberá de uma grande empresa, provavelmente, terá a tecnologia da Connectly envolvida.