
OMS e Unicef pedem trégua humanitária em Gaza para vacinação contra pólio
Entidade pede pausa de ao menos 4 dias
Duas rodadas de campanhas de vacinação contra a poliomielite
devem ocorrer no termo de agosto e no início de setembro na Tira de Gaza
no intuito de interromper a propagação do vírus na região. Para tanto, a Organização Mundial da Saúde ( OMS
) fez um apelo nesta sexta-feira (16) por uma trégua humanitária na região.
Em nota, a entidade, junto ao Fundo das Nações Unidas para a Puerícia ( Unicef
), pede que todas as partes envolvidas no conflito em Gaza
implementem pausas humanitárias durante um período de pelo menos 7 dias, de forma a permitir a realização das campanhas de vacinação contra a pólio
.
“Essas pausas nos combates permitiriam que crianças e famílias chegassem em segurança às unidades de saúde e que agentes comunitários alcançassem crianças que não têm aproximação a essas unidades para serem imunizadas contra a poliomielite. Sem as pausas humanitárias, a realização das campanhas não será provável”, apelou a OMS.
A expectativa é que, em cada uma das rodadas da campanha, mais de 640 milénio crianças com menos de 10 anos de idade possam receber a vacina vocal, conhecida popularmente porquê gotinha.
Entenda
O poliovírus foi detectado em julho em amostras ambientais colhidas na Tira de Gaza. Desde portanto, segundo a OMS, pelo menos três crianças apresentaram quadros suspeitos de paralisia flácida aguda, sintoma geral da pólio. Amostras de sangue foram colhidas e enviadas para estudo laboratorial.
“Mais de 1,6 milhão de doses da vacina vocal, utilizada para interromper a propagação do vírus, serão entregues na Tira de Gaza. As entregas das vacinas e dos equipamentos de refrigeração devem passar pelo aeroporto Ben Gurion [em Israel] antes de serem direcionadas à Gaza, no termo de agosto”, informou a entidade.
“É importante que o transporte das doses e dos equipamentos de refrigeração seja facilitado em todas as etapas dessa jornada, para prometer o recebimento em tempo oportuno, a aprovação e a liberação dos insumos em tempo para que a campanha aconteça”, ressaltou a OMS. Ao todo, 708 equipes com murado de 2,7 milénio profissionais de saúde foram acionadas.
A organização alertou que é preciso perceber uma cobertura vacinal de pelo menos 95% durante cada rodada da campanha para interromper a propagação da pólio e reduzir o risco do ressurgimento da doença, levando em consideração “sistemas de saúde, chuva e saneamento gravemente prejudicados na região”.
Dados da entidade mostram que a Tira de Gaza esteve livre da pólio pelos últimos 25 anos. O ressurgimento da doença, sobre o qual a comunidade humanitária já havia alertado ao longo dos últimos 10 meses, representa outra ameaço para as crianças em Gaza e em países vizinhos. Um cessar-fogo é a única forma de prometer a segurança da saúde pública na região”.
Risco
Ainda de negócio com a OMS, a Tira de Gaza mantinha boa cobertura vacinal antes da escalada dos conflitos, em outubro do ano pretérito. De lá para cá, a vacinação de rotina foi fortemente impactada – incluindo a segunda ração da vacina contra a pólio, que caiu de 99% em 2022 para menos de 90% em 2023 e no primeiro trimestre de 2024.
“O risco de disseminação do vírus, dentro da Tira de Gaza e internacionalmente, permanece basta em razão de lacunas na isenção das crianças, provocadas por interrupções na vacinação de rotina, dizimação do sistema de saúde, deslocamento regular da população, fome e sistemas de chuva e saneamento gravemente danificados”, alerta a OMS.
“A situação também aumentou o risco de propagação de outras doenças preveníveis por vacinação, porquê o sarampo, além de casos de diarreia, infecções respiratórias agudas, hepatite A e doenças de pele entre crianças”, disse a OMS.
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