Ministério da Saúde negocia compra de milhares de doses de vacinas
Atualmente, o Brasil não registra casos da novidade cepa da Mpox
O Ministério da Saúde está em negociação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para comprar 25 milénio doses da vacina contra a Mpox. Aliás, o órgão solicitou à Filial Vernáculo de Vigilância Sanitária (Anvisa) a prorrogação da autorização de uso das vacinas adquiridas em 2022, cuja validade expira no final de agosto.
Caso aprovada, essa prorrogação permitirá o uso das vacinas por mais 180 dias, garantindo a perenidade da imunização para grupos específicos.
As vacinas disponíveis atualmente são destinadas a homens com HIV e pessoas imunossuprimidas. O Ministério da Saúde, entretanto, não informou a quantidade de doses ainda disponíveis no país.
A vacinação continuará sendo aplicada em casos excepcionais e a grupos vulneráveis, sem previsão de uma campanha de vacinação em volume.
Atualmente, o Brasil não registra casos da novidade cepa da Mpox, sendo a circulação restrita à cepa 2, que afeta principalmente homens com HIV. O país está classificado no nível 1 de emergência, considerado o menos alarmante.
O último óbito por Mpox no Brasil foi registrado em 17 de abril de 2023. Dados apontam que 85,9% dos casos de Mpox no país ocorreram entre homens, e 15 dos 16 óbitos confirmados foram de homens soropositivos.
O lote de vacinas Jynneos, adquirido em 2022 com muro de 50 milénio doses, teve baixa procura. Menos da metade das doses foi aplicada, resultando em um estoque de 30 milénio vacinas não utilizadas.
A compra foi realizada durante um período de subida taxa de infecção no Brasil. Desde portanto, a autorização de uso pela Anvisa foi prorrogada três vezes, com a última extensão ocorrendo em 25 de fevereiro, autorizando o uso até agosto de 2024.
O COE (Comitê de Operações de Emergência) está avaliando a premência de novas vacinas com base na situação global e em possíveis novos casos de Mpox. A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou emergência global e convidou fabricantes a submeterem vacinas para a Listagem de Uso Emergencial.
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