
Brasil é novamente certificado como livre de sarampo pela OPAS
Prefeitura reforça campanha de vacinação contra sarampo e catapora em seguida alerta do Governo de São Paulo
O Brasil recebeu nesta terça-feira (12) a recertificação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) uma vez que país livre de sarampo , rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). O certificado é resultado de uma série de medidas de controle e vacinação implementadas nos últimos anos, em seguida o Brasil ter perdido a certificação em 2019 devido a surtos da doença.
O país já havia sido classificado uma vez que zona livre do sarampo em 2016, mas perdeu o status em 2019 em seguida registrar mais de 10.000 casos da doença, com um pico de 3.950 casos em julho de 2018. Em junho deste ano, o Brasil completou dois anos sem registros autóctones de sarampo, ou seja, sem casos com transmissão sítio. O último caso de sarampo no Brasil foi confirmado em 5 de junho de 2022, no Amapá, e todos os registros seguintes foram de indivíduos que haviam contraído a doença fora do país.
A recertificação foi concedida porque o Brasil conseguiu provar a interrupção da transmissão do vírus por pelo menos um ano e um esforço contínuo para melhorar a cobertura vacinal, a vigilância epidemiológica e a resposta rápida a casos importados.
“Desde lá a vigilância se intensificou, a cobertura vacinal aumentou e conseguimos a recertificação. Avançamos em todos os processos, principalmente nas coberturas vacinais,” explicou o infectologista Renato Kfouri, presidente da Câmara Técnica do Brasil de Verificação da Eliminação do Sarampo.
Vigilância continua
Apesar de a eliminação do sarampo ser uma conquista significativa, a vigilância precisa continuar, pois o vírus ainda circula em outras partes do mundo. A principal estratégia para manter o Brasil livre da doença é prometer que a população continue vacinada.
“Se conseguirmos manter a população vacinada, nos manteremos livres do sarampo,” afirmou Renato Kfouri, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Ele alertou que, se alguém infectado com sarampo de outro país entrar em contato com uma pessoa não vacinada no Brasil, o vírus pode voltar a rodear, e o país pode registrar casos autóctones novamente. Por isso, não é hora de decrescer a guarda.
Vacinação contra o sarampo
A vacina que protege contra o sarampo é a tríplice viral, que também imuniza contra rubéola e caxumba. Ela está disponível gratuitamente na rede pública para pessoas de 12 meses a 59 anos. As crianças recebem duas doses, uma aos 12 meses e outra aos 15 meses. Para quem não tomou as duas doses durante a puerícia ou não completou o esquema vacinal, é necessário completar a vacinação na tempo adulta: duas doses com pausa de um mês para pessoas de até 29 anos, e uma ração para pessoas de 30 a 59 anos.
A cobertura vacinal da primeira ração, que estava supra de 95% em 2016, caiu para 74% em 2021. No entanto, neste ano, a cobertura já aumentou para 91%. A segunda ração, que teve números ainda mais baixos nos anos anteriores, também está em prolongamento, superando 80% em 2024.
Sobre o sarampo
O sarampo é uma doença altamente contagiosa e potencialmente grave, que pode ser evitada com a vacina. Estima-se que uma pessoa infectada possa transmitir o vírus para outras 12 a 18 pessoas. A transmissão ocorre por meio das secreções nasais e da boca, expelidas ao tossir, falar ou respirar.
Os sintomas incluem manchas vermelhas no corpo, febre subida, tosse seca, conjuntivite, coriza e mal-estar intenso. O sarampo pode levar a complicações graves, uma vez que pneumonia, infecção no ouvido, encefalite e até morte.