Venezuela: Brasil e Colômbia têm encontro após México deixar grupo e conversa com EUA

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, embarcará para Bogotá nesta quarta-feira (14), onde se encontrará com o chanceler da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, para discutir as eleições na Venezuela.

A reunião acontece em seguida o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, suspender as negociações com os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o da Colômbia, Gustavo Petro, sobre o processo eleitoral na última terça-feira (13).

Uma novidade conversa entre os três era prevista para o início desta semana, mas acabou não acontecendo. López Obrador afirmou durante entrevista coletiva que vai esperar a decisão da justiça venezuelana. “Agora não, porque vamos esperar que o Tribunal (da Venezuela) decida”, disse o mexicano.

Vieira também conversou na terça sobre o tema com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. Segundo apuração da CNN, os americanos estão abertos a receber contribuições do Brasil para uma novidade proposta de solução sobre a crise venezuelana na Organização dos Estados Americanos (OEA).

À CNN, fontes do Itamaraty minimizaram a saída do México e disseram que não foi uma surpresa. De negócio com integrantes do governo brasiliano, nos últimos dias as autoridades mexicanas vinham indicando sinais de que o processo decisório sobre a crise na Venezuela estava emperrado e já não estavam contribuindo com o processo.

Ainda de negócio com integrantes do governo brasiliano, as negociações seguirão com Brasil e Colômbia.

A oposição ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirma que houve fraude durante a eleição. De negócio com o Parecer Pátrio Eleitoral (CNE), órgão ligado a Maduro, o atual presidente teria vencido com 51,2% dos votos contra 44,2% do oposicionista Edmundo González. Entretanto, o grupo contrário ao mandatário afirma que González venceu por tapume de 70% dos votos.

Comunicados em conjunto

Em 1º de agosto, Brasil, México e Colômbia divulgaram uma nota conjunta pedindo que a Venezuela divulgue os dados desagregados da eleição em seguida “controvérsias”.

“Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação”, diz o enviado.

Na quinta-feira (8), os governos de Brasil, Colômbia e México emitiram um segundo enviado conjunto assinado pelos chanceleres. Os países “reafirmam a conveniência de que se permita a verificação recto dos resultados, respeitando o princípio fundamental da soberania popular” e reiteram que “o saudação aos Direitos Humanos deve prevalecer em qualquer situação”.

Processo na Venezuela

A presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, Caryslia Rodríguez, disse no sábado (10) que recebeu todas as informações solicitadas de partidos políticos e candidatos e que seguirá com o processo de auditoria sobre o resultado da eleição presidencial do dia 28 de julho.

De negócio com a presidente do tribunal — órgão desempenado a Maduro –, a sentença será ”definitiva”, ou seja, não caberá recursos e será de “cumprimento obrigatório”.

O Supremo da Venezuela assumiu o controle do processo eleitoral a pedido do presidente Nicolás Maduro. Ele teve a reeleição contestada pelo opositor Edmundo González, que alega ter sido o vencedor da disputa.

A oposição exige que sejam publicadas as atas eleitorais da votação, o que até agora não foi feito. O Parecer Pátrio Eleitoral (CNE), também desempenado a Maduro, só divulgou boletins e número de votos, porém sem mostrar documentos que comprovem a vitória de Maduro.

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