Brasil evita discutir guerras e colhe aprovação de 22 documentos no G20, diz embaixador ao CNN Entrevistas
O Brasil sedia nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro, a Cúpula de Líderes do G20, que reúne as maiores economias do mundo.
Desde julho foram aprovados 22 documentos em nível ministerial, disse o emissário Maurício Lyrio ao CNN Entrevistas.
Ainda de pacto com o sherpa brasílio (nome oferecido aos articuladores em cúpulas dos superintendente de Estado), os avanços das negociações foram possíveis a partir da proposta do Brasil de evitar discussões sobre os conflitos entre Rússia e Ucrânia e no Oriente Médio para evitar que o progressão do debate fosse “sequestrado pelas questões geopolíticas.”
O tema das guerras, porém, deverá ser enfrentado pelo chefes de estados na Cúpula.
“Esses resultados decorreram desse entendimento que caberia aos líderes encontrar linguagem e discutir as questões geopolíticas. E é isso que nós esperamos ter no Rio de Janeiro. É um repto para o Rio de Janeiro, mas temos a boa expectativa de que teremos um pacto em torno desse tema também”, disse.
A presidência brasileira do G20, em 2024, estipulou porquê prioridades o combate à lazeira e à pobreza, mudanças climáticas e transição energética e também a resguardo da reforma da governança global.
O encontro deverá ser, ainda, um dos últimos compromissos multilaterais do presidente americano Joe Biden e ocorrerá na esteira das repercussões da eleição do republicano Donald Trump.
O emissário Maurício Lyrio lembrou a participação de Trump em cúpulas anteriores do G20.
“Não tenho incerteza nenhuma de que será um período porquê foi no seu período de procuração anterior, em que (…) o G20 se reuniu perfeitamente em todos aqueles anos com a presença do presidente Trump”, disse o emissário ao CNN Entrevistas.
“As peculiaridades, as características dos países e dos governos especificamente, com a originário alternância de governos, é alguma coisa que é o cotidiano, na verdade, da diplomacia”, concluiu.
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