Financiamento climático será discutido na COP29
Durante a COP29, no Azerbaijão, autoridades de tapume de 195 países discutirão porquê frear a crise climática e fazer com que a meta de aquecimento global de até 1,5ºC seja cumprida.
A temperatura média do planeta em 2023 foi a mais subida dos últimos 125 milénio anos.
“As imagens da Amazônia, uma verdade no Rio Grande do Sul, olha para o mundo e temos catástrofes acontecendo na Europa, 60 milénio pessoas morreram de calor. Quando a gente olha esse tipo de estatística, realmente, é terrífico o que a gente está vivendo no planeta hoje”, afirma o diretor executivo do IPAM, André Guimarães.
Para o pesquisador e professor da USP, Paulo Artaxo, “a desculpa disso é a falta de ação governamental para finalizar com a exploração de petróleo, finalizar com a emissão de gás de efeito estufa associado com a queima de combustíveis fósseis, principalmente, o petróleo. E também finalizar com o desmatamento de florestas tropicais porquê a Amazônia.”
O mundo corre detrás do prejuízo. Em setembro deste ano, o Reino Unificado desativou a última usina de carvão mineral em funcionamento no país, depois de 57 anos de operação.
O alerta sobre as altas temperaturas também vem de entidades, porquê o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Num relatório que a CNN Brasil teve entrada, o BID afirma que “a remoção de carbono hoje é principal para limitar o aumento da temperatura global.”
O relatório mostra ainda que é preciso aumentar, com urgência, os valores de financiamento climatológico. A meta atual de US$ 100 bilhões por ano já não é suficiente.
“O que é muito esperado para COP29, agora em Baku, é a discussão do numerário. Quem vai remunerar essa conta, porquê vai ser paga essa conta. A novidade meta global de financiamento climatológico quantificável vem com essas perguntas e outras também a reverência da transparência, porquê é que a gente faz para medir o financiamento climatológico de forma para que todos os países concordem”, explica Kátia Fenyves, profissional em mudanças climáticas do BID Brasil.
A novidade meta, para especialistas, deve ser de US$ 1 trilhão a US$ 2,4 trilhões por ano até 2030.
“Os países desenvolvidos têm tecnologia e recursos financeiros para se conciliar ao novo clima. Essa adaptação vai ser muito difícil, custa muito custoso e requer arranjos institucionais complexos que, em universal, os países em desenvolvimento não vão conseguir implementar”, finaliza Paulo Artaxo.