EUA aumenta taxas sobre produtos chineses

Pedro PARDO

Bandeiras dos EUA e da China

Pedro Pardo

Os Estados Unidos decidiram aumentar as taxas a produtos procedentes da China avaliados em 18 bilhões de dólares (92 bilhões de reais na cotação atual), apontando a setores estratégicos uma vez que veículos elétricos, baterias, aço e minerais críticos, informou nesta terça-feira (14) a Moradia Branca.

As taxas sobre os veículos elétricos quadruplicaram, passando de 25% a 100% levante ano, informou a Moradia Branca a menos de seis meses das eleições entre o presidente democrata Joe Biden, candidato à reeleição, e seu predecessor republicano Donald Trump.

As taxas dos semicondutores dobraram, de 25% a 50%, para 2025, acrescentou.

A meta é pressionar a China a “expulsar suas práticas comerciais desleais em material de transferência de tecnologia, propriedade intelectual e inovação”, explicou a Moradia Branca em expedido.

A decisão foi anunciada posteriormente uma revisão das taxas impostas durante a guerra mercantil entre Washington e Pequim, quando Trump fixou taxas sobre 300 bilhões de dólares em produtos procedentes da China.

Antes do pregão, a China advertiu que tomaria “todas as medidas necessárias” contra a decisão e reforçou sua oposição a aumentos “unilaterais” que violam as normas da Organização Mundial do Negócio, disse em Pequim o porta-voz da Chancelaria Wang Wenbin.

Quando chegou ao poder, Biden anunciou que revisaria a tributação para deliberar se a manteria ou não. Um funcionário americano destacou que foi mantida e acrescentados os 18 bilhões de dólares anunciados nesta terça.

Washington acusa Pequim de estribar fortemente suas indústrias nestes setores estratégicos, com consideráveis subsídios que provocam uma sobreprodução que as empresas chinesas vendem no mercado mundial, alterando os preços. Isto impede o desenvolvimento de indústrias competitivas.

– Medidas “simbólicas” –

A preocupação é compartilhada pela União Europeia e outros países uma vez que Turquia, Brasil e Índia, destacou um funcionário americano durante uma conferência de prensa.

O governo Biden já injetou fundos maciços em áreas uma vez que a fabricação e pesquisa de semicondutores e impulsiona investimentos verdes. Porém, segundo a principal conselheira econômica de Biden, Lael Brainard, Pequim impulsiona seu desenvolvimento “às custas de outros”.

Em nota, economistas da Oxford Economics estimam que as medidas anunciadas nesta terça-feira são “simbólicas”, do ponto de vista da economia e “não terão um impacto considerável sobre a inflação ou o PIB americano”.

“Leste é um sinal para os fabricantes americanos de que o governo Biden quer proteger a indústria contra os veículos elétricos chineses”, disse à AFP Paul Triolo, pesquisador chinês do grupo Albright Stonegridge.

O impacto real para as empresas americanas poderá vir dos impostos aplicados às baterias e às rede de fornecimento, “devido ao domínio das empresas chinesas” nestes setores, acrescentou.

Os Estados Unidos não temem uma rígida retaliação da China, embora, segundo a secretária do Tesouro, Janet Yellen, isso seja “verosímil”.

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