Treino de calistenia pode prejudicar a saúde das mãos: veja cuidados

A calistenia
é um tipo de treino
que ganhou muita força durante a pandemia de Covid-19 por sua praticidade, já que pode ser feita ao ar livre e sem a urgência de frequentar academias.

Por conta do uso do próprio corpo no treino, uma das principais vantagens da técnica é trabalhar mais grupos musculares
de forma simultânea, com movimentos funcionais, ou seja, similares aos realizados no dia a dia. Assim, as mãos se tornam essenciais para a realização de muitos desses movimentos, já que ajudam a estabilizar e suportar o peso do corpo durante exercícios uma vez que flexões, barras e exercícios de estabilidade, uma vez que as paradas de mão.

“Diante disso, é importante ter cautela ao iniciar os exercícios, pois a técnica pode sobrecarregar dedos e punhos. A realização incorreta ou a tentativa sem preparo adequado podem colocar muita pressão nas mãos, aumentando o risco de inflamação nos tendões e articulações
, entorses, rompimentos e estiramentos nas estruturas das mãos”, ressalta Antonio Carlos da Costa
, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM).

Cuidados com a calistenia

Para quem pretende iniciar no método de treino, a dica do profissional é debutar aos poucos para progredir gradualmente e buscar orientação para evitar sobrecargas
e possíveis danos à saúde
.

No caso de o movimento ser executado sem preparo ou de maneira incorreta, pode ter pressão nos dedos e punhos, o que aumenta o risco de lesões nas articulações
. “Em episódios mais graves há rompimento do ligamento do punho, que motivo inchaço
e dor na movimentação, que vagar a passar, além de sensação de perda da força”, explica Costa.

Outra lesão que pode ser desencadeada por movimentos incorretos e mais intensos das mãos e dos punhos, segundo ele, é a estorcegão
, que resulta em estiramento e, por vezes, na lesão dos ligamentos da região. “Isso pode modificar a firmeza da fala do punho, sendo o ligamento escafo-semilunar um dos mais propensos a lesões. Já os ossos do pulso, que fazem movimentos sincrônicos, com a ruptura, ficam desarmônicos na extensão e flexão durante os movimentos do punho”, lembra o ortopedista.

Porquê em toda atividade física, aquecimento
e alongamentos são recomendados. “Sempre faça um aquecimento adequado e alongue suas mãos e punhos antes de iniciar os exercícios”, fala o médico.

O presidente da SBCM lembra, ainda, a relevância de prestar atenção a sinais de dor ou desconforto, além de fazer pausas ou ajustar a prática conforme necessário. “Em caso de lesões, descanse o punho
afetado, a dimensão ataque, evite os exercícios, para que os tecidos se recuperem. Infligir compressas de gelo nos casos mais agudos também pode ajudar a melhorar a dor e a inflamação e, caso ela persista, é preciso buscar um profissional para avaliação médica”, finaliza.