Conheça os riscos do uso excessivo de telas para crianças
O uso crescente de aparelhos digitais entre crianças e adolescentes tem levantado preocupações quanto aos impactos no desenvolvimento dos jovens. Estudos apontam que o tempo excessivo em frente às telas pode prejudicar tanto o desenvolvimento físico quanto o neurológico.
Um estudo publicado no British Journal of Ophthalmology apontou que, no mundo, mais de um terço das crianças e adolescentes tem miopia, e prevê 740 milhões de novos casos até 2050. Já a Organização Mundial de Saúde ( OMS ) estima que nesse período mais da metade da população mundial será afetada pelo problema.
O estudo também destaca que fatores porquê a maior exposição às telas e menos tempo em contato com a luz proveniente podem ter impacto na patologia.
Desenvolvimento cerebral
De conformidade com o neurocirurgião pediátrico Alexandre Canheu, áreas importantes do cérebro da petiz são afetadas com o uso das telas de maneira descontrolada. “A exposição precoce às telas, sem controle adequado, pode afetar funções específicas importantes, porquê a atenção, a memória e o tirocínio”, explica Canheu.
Ele também afirma que o cérebro em desenvolvimento é mais suscetível às consequências da superexposição às telas, incluindo a regulação emocional e o comportamento social. De conformidade com a Sociedade Brasileira de Pediatria, as crianças não devem ser expostas às telas pelo menos até completar 2 anos de idade. Já para aqueles entre 2 e 5 anos, o tempo quotidiano recomendado é de, no supremo, uma hora.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também estipula limites para crianças maiores, com orientações de até duas horas diárias para crianças de 6 a 10 anos e três horas para adolescentes a partir dos 11 anos.
Uso excessivo de dispositivos
Um estudo recente realizado pelo Ministério da Saúde e pela Instalação Maria Cecília Souto Vidigal, que faz segmento do projeto Primeira Puerícia Para Adultos Saudáveis (PIPA), revelou que um terço das crianças brasileiras de até 5 anos ultrapassa o tempo recomendado em frente às telas, que podem fomentar consequências a longo prazo.
Segundo Canheu, o uso excessivo de aparelhos eletrônicos está diretamente ligado à liberação de dopamina no cérebro. “A dopamina é o neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e motivação, mas, quando liberada em excesso, pode levar à subordinação. Isso faz com que as crianças sintam urgência de mais estímulos para saber a mesma sensação de satisfação”, esclarece.
Pode contribuir com o desenvolvimento de miopia
A miopia é um erro de refração que consiste na incapacidade de enxergar objetos distantes nitidamente. O orbe ocular do míope tem um formato mais longo e pontudo e até uma inflexão maior da córnea do que o generalidade.
De conformidade com o oftalmologista Fernando Naves, do hospital Santa Lar de Mauá, a maior segmento dos casos de miopia é diagnosticada entre 6 e 12 anos de uma petiz. Para ele, é importante iniciar o tratamento cedo, e que os pais fiquem atentos aos sinais
“A miopia também pode ser identificada em bebês e, quanto antes o tratamento for iniciado, melhores serão os resultados e evitará a progressão da doença. Por essa razão, as consultas oftalmológicas desde a puerícia são tão importantes”, recomenda o profissional.
O que pode fomentar a miopia?
A miopia é um distúrbio hereditário, mas a falta de luz proveniente e o excesso de telas contribuem para seu desenvolvimento. Entre os principais sintomas da miopia infantil estão as queixas de não enxergar com transparência objetos distantes ou não ter essa percepção; visão embaçada; esfregar os olhos; piscar excessivamente; vista cansada; dores oculares e de cabeça; sentar-se muito perto da TV ou aproximar dos olhos smartphones, tablets e livros.
Para preservar a visão dos pequenos, o profissional também recomenda que crianças menores de dois anos de idade não sejam expostas às telas e que as demais sigam as recomendações de tempo supremo.