John Textor, dono do Botafogo, rechaça fair play financeiro no Brasil: “É injusto“

John Textor rebateu pedidos de alguns clubes sobre a implementação e discussão do fair play financeiro no Brasil. O detentor da SAF do Botafogo afirmou que nascente mecanismo é desleal com clubes que possuem menores receitas. Acionista do Crystal Palace, na Inglaterra, o norte-americano utilizou o clube uma vez que exemplo contra os gigantes do futebol inglês.

“É uma regra na Europa que foi feita para permitir que os grandes times, com suas grandes marcas, uma vez que Liverpool, Manchester United, de gastar mais verba. Isso não é justo. O Crystal Palace tem que jogar contra o Manchester United, que é permitido gastar mais com jogadores, não há paridade financeira. Não é fair play financeiro, é injusto”, disse o mandatário.

“Vamos encetar com a definição de fair play financeiro, parece ser um pouco óbvio, todos querem fair play. Não é o que a sentença significa na Europa, se você for ao meu site verá que falo sobre isso. O termo fair play financeiro é uma fraude, porque não é justo o suficiente. Fala que os times só podem gastar 75% das receitas com salários de jogadores”, disse.

Segundo Textor, mesmo com os altos gastos do Botafogo na temporada, o clube está dentro do padrão e ele tem feito o que a Lei da SAF exige ao comprar o futebol de uma instituição.

“Sobre o Brasil. Quero lembrar a todos que eu vim para cá por motivo do conhecimento dos legisladores, que criaram a Lei da SAF. A Lei da SAF convidou os investidores estrangeiros, o verba viria de fora para dentro do Brasil. Isso não é bom não só para o futebol, mas uma vez que para a economia brasileira. Eu assinei um contrato em que me exigia investir no clube, não exclusivamente operar, mas investir fortemente no clube, nas estruturas, nos jogadores… A Lei da SAF exigiu que eu investisse, e eu estou investindo “, resumiu.

Por termo, o norte-americano voltou a reclamar da injustiça que é feita na Premier League com essas regras financeiras.

“Eles colocam outras palavras, uma vez que sustentabilidade, que há fair play financeiro porque se importam com seu clube. Na Premier League, você tem pequenos clubes adquiridos por mega bilionários, com muito verba, mas eles não podem gastar. Só os grandes clubes, com os maiores orçamentos globais, são permitidos a gastar. Não é sobre sustentabilidade financeira para a saúde do clube, mas sim uma prática injusta, uma regra feita para permitir uma predominância, dos grandes clubes sempre serem dominantes”, completou.

Na temporada, o Botafogo gastou mais de R$ 300 milhões em reforços, o que fez com que outros clubes começassem a discutir sobre a questão.

Nesta quarta-feira (4), uma Percentagem Pátrio de Clubes se reuniu para encetar a debater o tema. Entre os envolvidos estavam representantes do Fluminense, Fortaleza, São Paulo, Flamengo, Internacional, Palmeiras e Vasco.

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