Alemanha prevê recessão em 2024, mas promete recuperação

JOHN MACDOUGALL

O ministro da Economia teutónico, Robert Habeck, apresenta previsões econômicas em 9 de outubro de 2024 em Berlim

John Macdougall

O governo teutónico revisou para inferior suas previsões econômicas para levante ano, prevendo agora uma recessão em vez do incremento antes esperado, embora esteja optimista em uma recuperação para 2025.

O Executivo de Berlim espera que o Resultado Interno Bruto (PIB) do país caia 0,2% em 2024, em vez do aumento anteriormente esperado de 0,3%, segundo um transmitido.

O PIB da principal economia da Europa encolheu 0,3% em 2023. Posteriormente dois anos de queda, deverá voltar a crescer 1,1% em 2025 e 1,6% em 2026, segundo as novas previsões.

Esta revisão segue uma série de más notícias econômicas para o país, incluindo a suspensão, em setembro, de um grande projeto de fábrica da gigante tecnológica Intel e o pregão da Volkswagen de possíveis fechamentos de fábricas e demissões.

– Problemas estruturais –

A economia alemã, que por muito tempo se beneficiou da vigor barata graças aos acordos de fornecimento de gás russo e às exportações dinâmicas, mormente para a China, agora sofre os efeitos da guerra na Ucrânia e do declínio da demanda global, em meio ao auge de medidas protecionistas.

“A Alemanha e a Europa estão presas nas crises entre a China e os Estados Unidos e devem aprender a fazer-se ouvir”, disse à prensa o ministro da Economia, Robert Habeck.

Na sua opinião, os “maiores parceiros comerciais [do país] fragmentam cada vez mais os mercados”, ao indicar que “o mercado dos Estados Unidos está cada vez mais só”, alguma coisa que estimou que poderá piorar caso Donald Trump seja eleito presidente, enquanto a China adota “uma estratégia de exportação agressiva”.

Por outro lado, a Alemanha enfrenta desafios estruturais, uma vez que o envelhecimento da população, muita burocracia e uma transição ecológica complexa.

Segundo Habeck, estes problemas “começam a ter consequências”, uma vez que “desde 2018, a economia alemã não registrou nenhum incremento significativo”.

O ministro ecologista criticou, ainda, a norma do “freio da dívida” consagrada na Constituição, que limita os recursos do Estado ao investimento.

Esta norma também é rejeitada pela indústria: “Com maior margem de manobra (orçamental), a nossa economia poderá finalmente transpor do bloqueio”, afirmou o ministro.

No projecto econômico, os indicadores antecipados da indústria apontam que a temporada de fragilidade continuará no segundo semestre, segundo o Ministério da Economia.

– Medidas para o incremento –

No entanto, a partir do final de 2024, a dinâmica de incremento deverá inaugurar a aligeirar, garantiu.

O governo altamente impopular do chanceler Olaf Scholz propôs neste verão (inverno no Brasil) uma “iniciativa de incremento” que inclui reduções fiscais, um incisão permanente nos preços da vigor para a indústria, menos burocracia e incentivos para manter os idosos em atividade e atrair trabalhadores estrangeiros qualificados.

No entanto, o presidente da Câmara de Transacção e Indústria Alemã (DIHK), Peter Adrian, considera a proposta “insuficiente” para relançar a economia.

Cinco grandes institutos de pesquisa econômica (DIW, Ifo, IfW Kiel, IWH e RWI) projetaram números menos otimistas, com um aumento do PIB de 0,8% em 2025 e 1,3% em 2026.

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