Governo vai trabalhar para barrar PEC das praias, diz Padilha

ula Marques/ Dependência Brasil – 25/03/2024

Ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha garante que governo é contra a PEC das Praias

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), disse nesta segunda-feira 3 que o governo vai trabalhar para impedir o progresso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pode viabilizar a privatização de praias
.

“O governo tem posição contrária a essa proposta. O governo é contrário a qualquer programa de privatização das praias públicas, que cerceiam o povo brasílio de poder frequentar essas praias. Do jeito que está a proposta, o governo é contrário a ela”, disse o ministro a jornalistas.

De autoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a PEC das Praias, uma vez que ficou conhecida, prevê a retirada do domínio da União sobre os terrenos à praia. Estes lotes seriam ‘privatizados’, ou seja, vendidos para empresas e pessoas que já ocupam a espaço. Com isso, deixariam de ser compartilhados entre o governo e os ocupantes e teriam exclusivamente um proprietário, uma vez que um hotel ou resort.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022 voltou a ser discutida no Senado Federalista na última semana, por meio de audiências públicas na Percentagem de Constituição e Justiça (CCJ) da Mansão. A PEC ainda precisa passar em votação na CCJ e depois no plenário do Senado, que não tem data definida, para ser aprovada.

“Foi bom ter tido essa audiência pública [na semana passada]. Teve o debate, pode ter outras audiências. O governo é contrário à proposta do jeito que está neste texto. Vamos trabalhar [contrariamente] na Percentagem de Constituição e Justiça. Tem muito tempo para discutir na CCJ”, disse Padilha.

Polêmica

A PEC já era cândido de polêmicas no Senado, mas ganhou notoriedade nas redes sociais posteriormente as trocas de farpas entre a atriz Luana Piovani e o jogador Neymar
.

No Senado, os parlamentares contrários à proposta reforçam estudos de organizações do meio envolvente que apontam que a privatização pode valer riscos para a biodiversidade brasileira, pois dificultaria a preservação dessas regiões.

“A extinção dos terrenos de marinha e a transferência de propriedade podem afetar a função dessas áreas na mitigação das mudanças”, alertou a senadora Leila Barros (PDT-DF) , a presidente da Percentagem de Meio Envolvente.

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