Seleção marfinense arrasta multidão na comemoração do tri da Copa Africana – Jogada

Os jogadores da seleção da Costa do Marfim, campeões pela terceira vez da Despensa Africana de Nações, em moradia, desfilaram nesta segunda-feira (12) pelas ruas de Abidjan, acompanhados por uma poviléu eufórica que aproveitou um feriado sensacional para comemorar com seus heróis.

Assim porquê aconteceu em 2015, no título anterior, os ‘Elefantes’ percorreram as ruas da capital econômica do país, em cima de um caminhão decorado para a sarau, já com as três estrelas nas laterais.

No dia seguinte ao triunfo por 2 a 1 sobre a Nigéria, eles saudaram as dezenas de milhares de torcedores aglomerados nas pontes e avenidas dos vários bairros de Abidjan. Alguns deles não hesitaram em seguir o desfile, sem vincular para o potente calor que atingia a cidade.

Por volta das 20h, depois de mais de quatro horas rodando a cidade sob uma potente escolta policial, os jogadores entraram no estádio Félix Houphouët-Boigny totalmente resguardado pela cor laranja e com um som ensurdecedor de gritos de alegria.

Vestidos com camisetas brancas onde se lia “Campeões da África”, os jogadores e membros da percentagem técnica iniciaram uma volta olímpica.

Muitos deles ficaram claramente emocionados e filmaram com seus celulares a gigantesca sarau.

Emoção

“É um sentimento de orgulho que domina. Com três estrelas estamos entre as grandes nações africanas”, comemora Junior Djedjess, que compareceu ao estádio.

Unicamente Egito (7 títulos), Camarões (5) e Gana (4) tiveram melhor desempenho na história da competição.

“O meu país venceu, finalmente vou ver os ‘Elefantes’. É uma alegria imensa”, vibrou Moussa Savané, outro torcedor eufórico.

Da noite de domingo para segunda-feira, alguns torcedores conseguiram colocar as mãos em camisas que já traziam estampadas uma terceira estrela costurada ou colada às pressas.

Ressuscitados

Em seguida a volta olímpica, os jogadores entraram em campo um a um e o veterano Max-Alain Gradel, de 36 anos, exibiu o troféu ao público. “Costa do Marfim, cá está a sua Despensa Africana. Deus abençoe a Costa do Marfim”, disse o capitão antes de entregar o troféu ao primeiro-ministro Robert Beugré Mambé.

“Não valemos zero, mas levamos a taça!”, gritavam os torcedores que correram em direção ao estádio no início da tarde. A frase irônica era dedicada a uma seleção que percorreu um caminho tortuoso e referto de drama, indo da suspeição à glória.

À extremo do colapso há três semanas, quando a Guiné Equatorial os humilhou goleando por 4 a 0, os marfinenses se classificaram para as oitavas de final quase que por um milagre.

“Depois do 4 a 0 fiquei desanimado, mas ainda estávamos vivos e nasceu um novo time”, lembra Junior Djedjess.

A Costa do Marfim fez uma mudança radical: o técnico Jean-Louis Gasset foi exonerado e substituído por um de seus auxiliares, o marfinense Emerse Faé, um novato nessa função.

E começou uma novidade competição: Senegal, Mali, RD Congo e depois Nigéria caíram sob os “golpes de martelo” da Costa do Marfim, uma referência ao hit de Tam Sir, que se tornou o hino não solene da competição, retomado em uníssono por todos os torcedores, sempre com uma coreografia.

“Organizamos uma CAN em moradia, vencemos, saímos hoje para mostrar a eles o quanto estamos orgulhosos”, diz Hana Malika Koné, fã do meiocampista Seko Fofana.

Nesta segunda-feira, com aplausos ininterruptos no estádio, os atacantes Simon Adingra e Sébastien Haller – um deu assistência e o outro marcou um gol na final de domingo – estavam entre os mais elogiados. Mas um nome surge na poviléu: “Faé, Faé” em homenagem a esse treinador que operou um verdadeiro ‘milagre’.



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