
Calor aumenta com temperaturas de 40 °C e baixa umidade atinge 21 estados; veja previsão do tempo
A baixa umidade deve atingir quase todo o país nesta terça-feira, 10, combinada às altas temperaturas, causadas pela vaga de calor que avança de Rondônia ao Rio Grande do Sul. Para esta semana, um alerta meteorológico do Inmet aponta uma novidade vaga de calor, que fará a temperatura aumentar em até 5ºC supra da média histórica pelos próximos dias.
O alerta de vaga de calor do Inmet atinge os estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, além do sul de Minas Gerais e do Setentrião do Rio Grande do Sul. O aviso, que se iniciou na segunda-feira, deve se estender por um período de dois três dias. Com a baixa umidade, as temperaturas podem superar os 40ºC em algumas cidades.
A baixa umidade também se intensifica nesta semana e avança pelo país. Nesta terça-feira, a umidade relativa do ar deve variar entre 30% e 20%, segundo o alerta emitido pelo Inmet que recai sobre 21 estados: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins, Ceará, Maranhão, Piauí, RIo Grande do Setentrião, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Província Federalista.
A MetSul Meteorologia explica que o Brasil está sob a influência de uma tamanho de ar extremamente sedento e quente, o que também resulta em umidade muito baixa. Valores de umidade relativa do ar entre 10% e 20% têm sido comuns nos estados do Meio-Oeste e do Sudeste. Durante a tarde, o nível ficou até aquém de 10% em alguns locais, em padrão que se assemelha ao de um deserto. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), níveis de umidade relativa do ar aquém de 20% são considerados uma situação de emergência.
O final de semana já foi de muito calor em boa secção do país, com marcas supra de 40ºC em alguns lugares, uma vez que Cuiabá (42,6ºC), Aquidauana (MS), onde fez 41ºC, e São Miguel do Araguaia (GO), que marcou 40,3ºC. Mas, segundo a MetSul, a vaga de calor no Brasil vai lucrar força e atingir o seu supremo de intensidade nesta semana.
A estiagem prolongada e o solo a cada dia mais sedento criam um ciclo que se retroalimenta, afirma a MetSul. Nos próximos dias, a tamanho de ar sedento e quente sobre o Brasil vai se intensificar ainda mais e se expandir.
Subida de queimadas
A partir da seca, o Brasil vem sofrendo com a subida de queimadas, que leva consequências às cidades do Setentrião e do Sul. Isso também contribui para o aumento das temperaturas. Além dos municípios do Setentrião estarem sofrendo com as queimadas da própria Amazônia, os estados do Sul e do Sudeste recebem a fumaça, já que um galeria de vento se desloca do Setentrião ao Sul do país, no momento.
No final de semana, foram registrados registrados 7028 focos de calor no país, de entendimento com dados do Programa Queimadas do Instituto Pátrio de Pesquisas Espaciais (INPE). Em julho e agosto, o número bateu recorde em diversos locais, inclusive na Amazônia, onde o nível de chuva está aquém do normal, afetando as bacias hidrográficas e tornando a vegetação mais suscetível ao lume.
De entendimento com os dados da IQAir, Porto Velho (Ro), Rio Branco (AC) e São Paulo (SP) tiveram as piores qualidades de ar do mundo, no domingo, 8.
Coordenadora do Laboratório de Química Atmosférica (LQA) da PUC-Rio, Adriana Gioda explica que os valores estavam mais de 10 vezes supra do limite seguro recomendado pela OMS.
“Toda a população (dessas cidades) pode apresentar riscos de revelação de doenças respiratórias e cardiovasculares. Além de aumentar a possibilidade de mortes prematuras em grupos de risco”, afirma a profissional.