Presidente da CAE minimiza “pressa“ para sabatinar indicado ao Banco Central

O presidente da Percentagem de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), disse nesta terça-feira (27) que ainda não foi procurado pelo governo sobre a sabatina do porvir indicado para o comando do Banco Médio.

Ele descartou realizar o processo com “pressa” e disse não possuir chances de marcar a sabatina para a próxima semana. Integrantes do governo têm defendido antecipar a sabatina para dar “previsibilidade” ao mercado e à instituição.

Para Vanderlan, a sabatina deve ser realizada antes do término do procuração do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, mas ele não garante que isso ocorrerá antes das eleições municipais, em outubro. O procuração de Campos Neto, acaba no término de dezembro.

“Eu acho até que a sabatina tem que ser antes do término do procuração [de Campos Neto]. Mas não sei por que essa pressa. Se tiver mesmo com pressa. Se até agora não foi expedido zero, é porque não está tendo pressa. Não vejo motivo também para transpor de uma hora para outra e querer sabatinar de qualquer maneira”, disse em entrevista a jornalistas.

Por ainda não ter discutido o matéria com representantes do governo, Vanderla disse que ainda não há cronograma para a votação. Depois da sabatina na CAE, a indicação também precisa ser votada no plenário.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não fez a indicação oficialmente. Um dos principais cotados é Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC e ex-secretário-executivo do Ministério da Herdade.

Na avaliação de Vanderlan Cardoso, Galípolo não deve enfrentar “dificuldade” no Senado. “O Gabriel já foi sabatinado cá, é uma pessoa comunicativa, os senadores e as senadoras, na idade, todos eles gostaram muito da conversa com ele. Não vejo problema nenhum com o nome dele”, disse.

Sobre a proposta que muda o regime jurídico do BC, o senador afirmou que o texto “vai simplificar a vida do próximo presidente do Banco Médio”. Vanderlan é o responsável da proposta. Segundo ele, o governo era favorável na idade em que o texto foi apresentado e depois “mudou de teoria”.

O texto está em estudo desde dezembro do ano pretérito na Percentagem de Constituição e Justiça (CCJ), mas não tem consenso para votação. O governo ainda negocia ajustes com o relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM).

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios