
Análise: Falsificação das atas eleitorais da Venezuela é quase impossível
O exegeta de Internacional da CNN Lourival Sant’Anna trouxe esclarecimentos sobre a polêmica envolvendo as eleições na Venezuela durante sua participação no CNN Prime Time. Segundo ele, a não divulgação das atas eleitorais pelo regime chavista tem uma explicação surpreendente.
De tratado com Sant’Anna, peritos da ONU que acompanharam o processo eleitoral venezuelano por semanas afirmaram que as atas são extremamente difíceis de serem fraudadas.
“Eles analisaram as atas e disseram que elas são muito difíceis de fraudar, que elas têm código QR, têm assinaturas únicas, ou seja, cada ata tem uma assinatura, e são muitas atas”, explicou o exegeta.
Sistema antifraude robusto
O robusto sistema antifraude implementado nas atas eleitorais venezuelanas inclui códigos QR e assinaturas únicas para cada documento, tornando a falsificação “quase impossível”, segundo os especialistas da ONU.
Esta dificuldade técnica explicaria por que o regime não conseguiu apresentar as atas, mesmo em seguida o prazo estendido outorgado pelos presidentes Lula, Gustavo Petro e Andrés Manuel López Obrador.
Sant’Anna ressaltou que, apesar da dificuldade em fraudar as atas, os peritos da ONU concluíram que a eleição foi, de veste, fraudada.
Um relatório detalhando essas conclusões foi apresentado ao secretário-geral da ONU, António Guterres.
Posicionamento internacional
O exegeta também mencionou as reações de líderes regionais, porquê o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e o ex-presidente da Colômbia Juan Manuel Santos, que rejeitaram o resultado eleitoral venezuelano porquê fraudulento.
Sant’Anna destacou que cabe agora a cada governo determinar se aceita ou não a legitimidade do regime bolivariano.
Em relação ao Brasil, o exegeta pontuou que o presidente Lula enfrenta um dilema entre manter sua histórica postura de suporte ao regime chavista ou alinhar-se com sua resguardo da democracia, mormente considerando os recentes eventos políticos no Brasil e as acusações de crimes contra a humanidade que pesam sobre o governo venezuelano.