México e EUA firmam acordo para oferecer segurança a inspetores de abacate

ENRIQUE CASTRO

O legado dos Estados Unidos no México, Ken Salazar (D), fala ao lado do governador de Michoacán, Alfredo Ramírez Bedolla, durante coletiva de prelo em Morelia, em 24 de junho de 2024

Enrique Castro

México e Estados Unidos chegaram a um convenção para incrementar a segurança de inspetores agrícolas americanos, depois um incidente que envolveu dois funcionários encarregados de confirmar as exportações de abacate e manga, informaram autoridades dos dois países nesta segunda-feira (24).

“O projecto do governo mexicano, trabalhando de mãos dadas conosco, é prometer que cada um dos funcionários tenha segurança para que possa fazer seu trabalho”, disse à prelo o legado americano no México, Ken Salazar, durante visitante ao estado de Michoacán (oeste), onde se produz 73% do abacate para exportação.

Em 14 de junho, dois supervisores sanitários do Departamento de Cultivação americano (USDA, na {sigla} em inglês) ficaram bloqueados momentaneamente no meio de um protesto de policiais por reivindicações salariais na localidade de Paracho.

O governo americano tachou o incidente de “agressão” e suspendeu as inspeções de abacate e manga, um dos passos prévios para sua exportação.

Salazar, que se reuniu nesta segunda-feira com autoridades locais e federais em Morelia, capital de Michoacán, anunciou na sexta-feira a retomada gradual desses trabalhos.

O México, maior produtor mundial de abacate, exportou aos Estados Unidos 1,4 milhão de toneladas dessa fruta em 2023, um aumento de 15% em relação a 2022, o que consolidou esse país uma vez que seu principal cliente, segundo números do USDA.

Há dois anos, Washington interrompeu as compras de abacate depois que um de seus agentes agrícolas foi ameaçado em Michoacán, região no litoral do Pacífico onde operam gangues dedicadas ao narcotráfico e à roubo.

O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador criticou nesta segunda a suspensão dos controles sanitários, assinalando que as medidas unilaterais estabelecem um “mau precedente”.

“Pedimos ao governo dos Estados Unidos, primeiro que não atuassem de forma unilateral. Temos relações, estamos trabalhando de maneira conjunta e não é essa a maneira. Para que tanta prepotência?”, questionou.

Segundo o legado, o convenção prevê que quando ocorram incidentes de segurança se estabeleça uma notícia imediata e que se trabalhe para detectar alguma ameaço à integridade dos supervisores.

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