
Gastos em armas nucleares aumentam com tensões geopolíticass, apontam estudos
(Registo) Moscou fez exercícios com armas nucleares táticas na fronteira com a Ucrânia em maio
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As potências nucleares modernizaram seus arsenais atômicos devido ao aumento das tensões geopolíticas e aumentaram os gastos no setor em um terço nos últimos cinco anos, apontam dois estudos divulgados nesta segunda-feira.
De conciliação com a Campanha Internacional para a Supressão de Armas Nucleares (ICAN, {sigla} em inglês), os nove Estados com armas nucleares – Rússia, Estados Unidos, França, Índia, China, Israel, Reino Unificado, Paquistão e Coreia do Setentrião – gastaram no ano pretérito o totalidade de 91 bilhões de dólares (489 bilhões de reais).
O estudo mostra, em conjunto com outro publicado pelo Instituto Internacional de Estudos para a Silêncio de Estocolmo (Sipri, {sigla} em inglês), que os gastos destes países aumentaram consideravelmente à medida que modernizaram suas armas nucleares e, inclusive, implantaram novos sistemas.
“Considero razoável declarar que há uma corrida armamentista nuclear em curso”, declarou Melissa Parke, diretora do ICAN, à AFP.
“Não víamos as armas nucleares desempenharem um papel tão importante nas relações internacionais desde a Guerra Fria”, disse Wilfred Wan, que dirige um programa sobre as armas de devastação em tamanho do Sipri.
Segundo o instituto, o totalidade de ogivas nucleares no mundo registrou ligeiro queda: no início do ano eram 12.121, contra 12.512 no primícias de 2023.
Uma segmento destas ogivas deve ser desmantelada, mas 9.585 estão disponíveis para uso potencial, nove a mais que no ano pretérito.
Quase 2.100 delas foram mantidas em “alerta operacional saliente” para serem usadas em mísseis balísticos.
A grande maioria das ogivas nucleares pertence à Rússia e aos Estados Unidos, países que possuem 90% das armas nucleares mundiais.
– 2.898 dólares por segundo –
Pela primeira vez, o Sipri estima que a China possua “algumas ogivas nucleares em estado de alerta operacional saliente”, ou seja, prontas para uso inopino.
“Embora o número totalidade de ogivas nucleares continue em queda, à medida que as armas da era da Guerra Fria são progressivamente desmanteladas, registramos o aumento do número de ogivas nucleares operacionais a cada ano entre as potências nucleares”, afirmou Dan Smith, diretor do Sipri.
De conciliação com a ICAN, os gastos com armas nucleares em todo o mundo aumentaram em 10,8 bilhões de dólares (58 bilhões de reais) em 2023 na confrontação com o ano anterior. Os gastos dos Estados Unidos representaram 80% do aumento.
A participação de Washington nos gastos totais, de 51,5 bilhões de dólares, “é maior do que a de todos os outros Estados que possuem armas nucleares combinados”, afirmou.
A China aparece em segundo lugar (US$ 11,8 bilhões), seguida pela Rússia (8,3 bilhões de dólares).
As potências nucleares gastaram no totalidade 2.898 dólares (15.580 reais) por segundo no ano pretérito para financiar estas armas, segundo o estudo. Os valores destinados às armas nucleares aumentaram 33% desde 2018 (que na idade alcançavam 68,2 bilhões de dólares), quando o ICAN começou a compilar os dados.
Desde logo, os países investiram 387 bilhões de dólares (2,08 trilhões de reais) nestas armas, acrescentou o ICAN.
Parke denunciou o “uso incabível de fundos públicos” e chamou os gastos de “obscenos”.
Segundo a diretora do ICAN, estes recursos representam mais do que o Programa Mundial de Vitualhas calcula ser necessário para finalizar com a lazeira no mundo. “E poderíamos plantar um milhão de árvores por cada minuto de gastos destinados às armas nucleares”, acrescentou.