‘Tô desesperado aqui’, diz PM preso ao pai das crianças que ele abusou
Roberto Emídio foi recluso em investigação de abusos contra crianças
O policial militar reformado Roberto Emídio Pereira, recluso por suspeita de ter estuprado pelo menos três crianças de uma mesma família em Brasília e em Goiás, disse que tinha terror de morrer na prisão aos pais dos menores que foram vítimas do agravo.
Em mensagens, Roberto admite os abusos contra o menino de 10 anos e afirma que não chegou a machucá-lo. O policial também tentou subornar o pai das crianças, pedindo que ele retire as queixas, visto que as punições são “pesadas para policiais”.
“Se for a julgamento eu não vou mentir e a pena é pesada para policiais. Risco até de morrer na cubículo. Tô desesperado cá”, escreveu Roberto em uma das mensagens.
Policial tentou subornar pai das crianças abusadas
O que aconteceu?
Em fevereiro de 2023, um colega de Roberto há mais de 30 anos, denunciou à Polícia Militar que o fruto de 10 anos havia sido abusado sexualmente pelo policial durante uma viagem que fizeram para Caldas Novas (GO).
A família convidou Roberto para o passeio e eles ficaram hospedados no mesmo apartamento. Durante a viagem, o policial reformado e o menino de 10 anos dormiram na sala, sendo a moçoilo no sofá e varão em um sofá-cama.
Em testemunho, o garoto contou que estava dormindo e de repente sentiu o “tio Roberto” deitar ao lado, descer o short e cometer o agravo. A moçoilo revela ainda que, depois o ocorrido, foi ao banheiro se limpar por motivo de um líquido nas nádegas.
O menino contou para os pais o que Roberto tinha feito e logo depois, a filha mais velha do parelha, de 17 anos, também revelou que era abusada pelo policial desde os 10 anos e que “não era mais virgem”. Depois, a filha do meio, de 14 anos, disse que também foi abusada algumas vezes pelo policial.
Companheiro da família
Roberto Emídio Pereira, 52 anos, foi represado na quarta-feira (12) no apartamento de seu fruto, localizado no Bairro Jardim Brasília, em Uberlândia. Segundo informações da PF, ele é classificado porquê altamente perigoso. O ex-policial estava homiziado desde agosto de 2023, mas foi tomado com assistência da Força Integrada de Combate ao Transgressão Organizado (Ficco) e do Grupo de Capturas da Polícia Federalista.
Roberto e o pai das crianças se conheceram em 1991 durante o serviço militar obrigatório no Região Federalista.
Roberto Emídio estava jubilado da PM e era membro de um moto clube de agentes da segurança pública em Águas Claras (GO) na estação do violação. Ele também era publicado por sua devoção religiosa, frequentando uma igreja evangélica em Uberlândia.
O ex-policial agora responde pelos crimes de estupro de vulnerável e ameaço.
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