
Até onde pode ir a extrema direita no Parlamento Europeu?
Jordan Bardella, candidato do partido galicismo de extrema direita Reagrupamento Pátrio para as eleições europeias, fala durante um comício de campanha em 2 de junho de 2024 em Paris
Stephane de Sakutin
As pesquisas sobre as eleições europeias, que acontecerão de 6 a 9 de junho, anunciam um fortalecimento da extrema direita no Parlamento Europeu, o que poderá modificar o atual estabilidade de forças e dar origem a novas alianças.
Atualmente, a extrema direita no Legislativo europeu está dividida em dois blocos, sendo o principal divisor de águas a visão que estes partidos têm da própria União Europeia.
De um lado está o conjunto dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR, na {sigla} em inglês), os chamados partidos “pró-europeus”.
Esta bancada conta com 69 legisladores, de partidos porquê o Fratelli d’Italia, liderado pela patrão de Governo italiana Giorgia Meloni, o espanhol Vox e o movimento Reconquista, liderado pelo galicismo Eric Zemmour.
Do outro lado está o grupo Identidade e Democracia (ID), que tinha 59 membros até a recente expulsão do partido germânico AfD. O partido Reagrupamento Pátrio galicismo de Marine Le Pen participa deste conjunto.
Os membros do ID moderaram os apelos à retirada da UE, mas insistem em limitar e reduzir a influência das instituições europeias na vida cotidiana dos cidadãos.
As pesquisas indicam que esses dois grupos poderiam compreender entre 20% e 25% das cadeiras, embora as possibilidades de uma união ainda sejam desconhecidas.
Marine Le Pen nunca escondeu seu interesse em um grande conjunto de “soberania” no Parlamento Europeu, ao qual também aspira o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.
No entanto, Georgia Meloni, líder objetiva do conjunto ECR, descartou a unificação dos dois blocos.
Neste cenário, o fator que fará pender a balança será a posição da bancada do Partido Popular Europeu (PPE, direita), a maior do Parlamento Europeu.
A atual presidente da Percentagem Europeia e candidata a um segundo procuração, a alemã Ursula Von der Leyen, abriu a porta a alianças específicas com o grupo de Meloni, ao mesmo tempo que descartou trabalhar com o ID, conjunto que considera um coligado da Rússia.
Uma associação entre a direita que representa o PPE e a extrema direita do ECR poderia ter uma possante influência nas discussões, mas Von der Leyen necessitará possivelmente de mais votos para a sua eventual reeleição.
No entanto, uma aproximação com o ECR torna mais difícil a obtenção dos votos necessários.
O conjunto social-democrata (S&D) e os centristas do Renovar Europa já denunciaram a verosímil associação do PPE com o ERC, o S&D e o Renovar Europa (as três maiores bancadas).
Na verdade, o trinômio formado pelo PPE, S&D e Renovar Europa foi o “grande conjunto” onde foram negociados os principais acordos sobre questões centrais.
Juntamente com os Verdes e a Esquerda, o S&D e o Renovar Europa comprometeram-se em uma enunciação conjunta em 8 de maio a “nunca cooperar ou formar coalizões com partidos radicais e de extrema direita”, e apelaram a Von der Leyen para fazer o mesmo.
Parece provável que nascente grande conjunto continue funcionando, mas será mais difícil edificar maiorias se alianças específicas com a extrema direita se multiplicarem.
Nascente cenário poderá ter um impacto direto em questões porquê a transmigração e o asilo, as relações internacionais e as políticas de combate à mudança climátia.