Venezuela retira convite à UE para observar eleições presidenciais
Federico PARRA
A dois meses das eleições presidenciais de 28 de julho, a domínio eleitoral da Venezuela anunciou, nesta terça-feira (28), que está retirando o seu invitação à União Europeia (UE) para observar o pleito, depois que o conjunto ratificou sanções contra funcionários do governo de Nicolás Maduro.
“A Venezuela revoga e deixa sem efeito o invitação que enviou à União Europeia”, anunciou o presidente do Juízo Vernáculo Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, ao ler um expedido no qual pediu um “levantamento totalidade” das sanções e “o término da posição hostil” do grupo europeu.
Em meados de maio, a UE ratificou sanções contra 50 funcionários, embora tenha levantado temporariamente a de Elvis Amoroso, que logo tachou a medida de “chantagem”. Outros três ex-diretores da instituição também foram beneficiados.
O porta-voz do serviço diplomático da UE, Peter Stano, declarou, logo, que a decisão de suspender as sanções a Amoroso reafirmava o “compromisso e espeque [desta instituição] ao bom progresso do processo eleitoral” e buscava “fortalecer os esforços venezuelanos para eleições presidenciais inclusivas e competitivas”.
Mas, Amoroso respondeu agora ao conjunto que “seria obsceno permitir sua participação conhecendo suas práticas neocolonialistas e intervencionistas contra a Venezuela […], não sendo grata a sua presença em um processo eleitoral tão importante”.
Além da União Europeia, Caracas convidou, em março, o Meio Carter, o grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a Comunidade do Caribe (Caricom) e a União Africana para seguir as eleições.
Amoroso ratificou “a convocatória ampla”, com exceção da UE, “sempre que aqueles que participem cumprirem a Constituição e a legislação venezuelana”.
Maduro tentará um terceiro procuração que o projetaria a 18 anos no poder. Seu principal contendedor é Edmundo González Urrutia, eleito pela principal coligação opositora, a Plataforma Unitária, em representação da líder inabilitada María Corina Machado.
– ‘Compromisso’ na mesa de negociação –
A União Europeia não informou se aceitaria o invitação de Venezuela, mas manteve reuniões preparatórias com o CNE.
Antes do proclamação de Amoroso, a coalizão Plataforma Unitária teria exigido ao CNE, nesta mesma terça-feira, que procedesse “de maneira imediata, sem mais dilações, a formalizar mediante a assinatura do conformidade administrativo correspondente, a presença da missão de reparo eleitoral da UE”.
De conformidade com essa coligação, permitir a missão de reparo eleitoral da UE foi “um dos compromissos que Nicolás Maduro assumiu no contextura do conformidade de Barbados”, referindo-se às negociações entre delegados do governo chavista e a oposição no país caribenho.
Em seguida esses acordos em outubro do ano pretérito, os Estados Unidos flexibilizaram suas sanções contra o petróleo, o gás e o ouro da Venezuela, mas voltou a retomá-las em abril pela confirmação das inabilitações contra dirigentes opositores porquê Machado.
A União Europeia enviou uma missão em 2021 para as últimas eleições de prefeitos e governadores nas quais identificou melhoras consideráveis no sistema de votação, mas também irregularidades porquê “o uso extensivo de recursos do Estado” para estribar candidatos do chavismo governante e medidas contra candidatos e partidos políticos da oposição.
Sua presença terminou de forma abrupta depois que Maduro tachou seus delegados de “inimigos” e “espiões”.