Cineasta brasileira de documentário dos Irmãos Menendez detalha bastidores

A cineasta brasileira Fernanda Schein, 32, é dos nomes por trás do documentário “O Caso dos Irmãos Menendez”, que estreou na Netflix em outubro. A produção chegou ao catálogo do streaming depois o sucesso da série de true violação “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais”, criada por Ryan Murphy.

Em conversa exclusiva com a CNN, a profissional, que integrou o time de edição da obra documental, detalhou o processo de revisitar o enredo.

 

Segundo ela, antes mesmo da produção lucrar os holofotes e os constantes pedidos de soltura dos irmãos Lyle e Erik Menendez, condenados em 1996 pelo assassínio dos pais, José e Kitty, o caso não ultrapassava a barreira dos Estados Unidos – motivo esse que a fez ser escolhida para o trabalho.

“Apesar de não ser uma história muito conhecida na Califórnia, era um pouco muito pessoal daqui, portanto eu não conhecia e foi uma abordagem propositado da produção, assim porquê o lustroso diretor prateado Alejandro Hartmann”, conta.

“Eles gostariam que a série fosse contada por um olhar não americano, porque foi um pouco saturado pela perspectiva deles”, acrescenta.

O sucesso de “O Caso dos Irmãos Menendez”

Schein também cita que o despertar para o caso se deu a partir das mudanças na sociedade. Conforme os depoimentos, os acusados sofriam abusos constantes e, por isso, teriam planejado o assassínio.

“Acredito que secção do sucesso do projeto é por despertar a discussão em relação a porquê cada pessoa reagiria ao insulto sexual, que agora está sendo provado e, na era, não foi considerado”, afirma. “Essa foi a secção mais interessante em participar, editar uma história que pode ter impacto no porvir”, entrega.

Fernanda acredita que a sentença deve ser revista. “Eles têm que remunerar pelo violação. No entanto, não com prisão perpétua, porquê está sendo. Não consideraram que o violação foi premeditado em consequência de uma série de abusos que os levaram a confiar que estavam sob prenúncio. Evoluímos porquê sociedade e isso deve ser revisto”, conclui.

"O Caso dos Irmãos Menendez” estreou na Netflix em outubro
“O Caso dos Irmãos Menendez” estreou na Netflix em outubro • Divulgação/Netflix

“Vi tanto propósito na história”, conta cineasta brasileira

O true violação foi o primeiro documentário do gênero na curso de Schein, que disse ter desenvolvido estratégias para não se combalir psicologicamente com a história.

“Quando comecei, estava um pouco ansiosa, porque sou uma pessoa impressionada. Mas vi tanto propósito na história, que quis fazer. No início, mexe bastante conosco, mas depois ficamos um pouco dessensibilizados para o material físico que está na nossa frente”, lembra.

Fernanda costumava pensar no próprio pai – que é médico – para manter a frieza. “Nas primeiras vezes que um médico vê alguém machucado ou com muita dor, deve pegar muito no emocional, mas, à medida que ele vai se profissionalizando, ele separa esse emocional para usar 100% do intelecto e ajudar o paciente”.

Além do documentário, 2024 se destaca porquê um ano positivo para a cineasta que também colaborou em “Poisoned”, que conquistou um Emmy. “Foi uma surpresa muito boa. Era uma equipe menor, um orçamento controlado, portanto foi muito permitido ver o que dá para ocupar mesmo sem tantos recursos”.

Entre os curtas, a brasileira também coleciona prêmios e acaba de estrear “Escadaria do Paixão”, no Festival de Cinema Brasílico em Los Angeles (LABRFF). O projeto, filmado no Rio de Janeiro, deverá chegar em breve ao Brasil. A editora também está no curta “Caviar Star”, thriller psicológico sobre a indústria artística com Marco Pigossi e Alice Marcone, ainda sem previsão de estreia.

Irmãos Menendez: o que é verdade e o que é inventado na série Monstros

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios