Lula diz que estará pronto para concorrer à reeleição em 2026, mas espera não ser 'necessário'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está pronto para “enfrentar a extrema-direita” nas eleições presidenciais de 2026 caso não haja outro nome capaz no partido, mas ressaltou que espera “não ser necessário”. O glosa foi feito em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN, gravada na quinta-feira e exibida nesta sexta, 8.

“Eu tenho o compromisso de entregar oriente país com uma economia equilibrada e menos desemprego. Vou deixar para pensar em 2026, em 2026”, afirmou o presidente.

Segundo ele, a discussão será feita com seriedade e sobriedade junto aos partidos que o apoiam. “Se, na hora certa, decidirem que não há outro candidato para enfrentar uma pessoa da extrema-direita, negacionista, obviamente estarei pronto para enfrentar. Mas espero que não seja necessário. Espero que tenhamos outros candidatos e possamos promover uma grande renovação política no Brasil e no mundo”, disse Lula à CNN.

Renovação política

Lula destacou que escolher um candidato jovem para a disputa eleitoral não resolveria as questões de governança: “Governar não é praticar esporte; não é a juventude que vai resolver o problema da governança. O que vai resolver é a cultura, o compromisso, a saúde e a capacidade do governante.”

O presidente também minimizou a provável influência da relação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump sobre uma candidatura de Bolsonaro em 2026, declarando: “Ele era presidente e eu o derrotei. Se ele estava apoiando Trump, ele não tem voto nos Estados Unidos.”

Ajuste fiscal

A entrevista de Lula foi ao ar enquanto ministros se reúnem com o presidente no Palácio do Planalto para discutir o ajuste fiscal. Com reuniões acontecendo ao longo da semana, ainda não houve uma definição, o que tem gerado tensão entre os ministros que podem ver cortes em suas pastas, além de repercussão no mercado financeiro. A Bolsa de São Paulo (B3) fechou em queda ontem, divergindo das altas em outros mercados globais.

Temas uma vez que seguro-desemprego, abono salarial (PIS/Pasep) e ajustes em programas sociais se tornaram pontos de discussão nas reuniões de incisão de gastos realizadas esta semana no Planalto.

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