
Na Alice, saúde dos colaboradores é a base para alta performance: ‘Pessoas saudáveis produzem mais’
Nos corredores da Alice, uma operadora de planos de saúde corporativos com mais de 500 colaboradores, o mantra é simples: bem-estar e produtividade caminham lado a lado.
E quem promove isso é Sarita Vollnhofer, CHRO da empresa e membro do Clube CHRO da EXAME Corporate Education. Para ela, a saúde dos colaboradores é uma peça-chave para o sucesso dos negócios.
A visão de Sarita é respaldada por dados. Segundo a Pulso RH, uma pesquisa realizada pela Alice com parceiros, empresas que se preocupam com o bem-estar físico e mental de seus colaboradores apresentam índices maiores de engajamento.
O estudo mostra que 70,1% dos colaboradores sentem-se mais engajados com a empresa quando ela se preocupa com a saúde e bem-estar, em confrontação com 32,3% dos engajados que atuam em empresas sem o zelo com a saúde dos colaboradores.
Outrossim, o percentual de colaboradores que já sentiram sintomas de burnout, por exemplo, é 13 pontos percentuais menor do que em empresas que não priorizam a saúde dos funcionários. Para Sarita, esses números não são meramente estatísticos.
“Quando uma empresa tem muitos afastamentos ou atestados, com certeza terá um impacto nos resultados, porque a operação fica deficitária”, diz. “É simples que o colaborador tem responsabilidade pela sua saúde, mas a empresa deve produzir um envolvente onde as pessoas se sintam felizes, engajadas e saudáveis. Cada um precisa fazer sua secção”, defende.
Um propósito que vem de origem
Por trás dessa visão, há uma história repleta de influências e experiências. Sarita nasceu em Viena, na Áustria, e está no Brasil há dez anos. “Foi o paixão que me trouxe cá”, revela.
Mãe de uma rapariga de 5 anos e de um menino de 1 ano, Sarita cresceu em um lar onde o bem-estar sempre foi um tema médio – por fim, ela é filha de um médico pediatra e de uma professora de Instrução Física. “Saúde sempre foi uma prioridade em mansão”, conta.
Essa vivência moldou sua percepção sobre saúde e deu a ela um propósito simples: transformar a cultura corporativa em um espaço que valoriza o bem-estar.
Embora sua trajetória profissional tenha começado em outras áreas – ela é formada em Governo e atuou por bastante tempo com gestão de projetos –, Sarita sempre teve um olhar sengo para o papel do RH e, nos últimos cinco anos, migrou para essa superfície e diz que foi uma decisão acertada. “Eu me encontrei e tem sido uma jornada muito bacana”, revela.
O tempo de experiência trouxe a ela uma bandeira que defende com firmeza: “O RH existe para alavancar os resultados do negócio”, afirma. No entanto, para Sarita, discutir o sucesso de uma empresa envolve necessariamente abordar a saúde e o bem-estar dos colaboradores. E na Alice há exemplos práticos de porquê isso acontece.
Da teoria para prática
Para escoltar de perto o bem-estar de todos, a Alice desenvolveu o Score Magenta, um índice que mede diversos aspectos da saúde dos colaboradores, porquê saúde mental, sono e atividade física – e que também está disponível para os clientes da Alice.
A partir desses dados, o time de RH pode produzir ações voltadas para as necessidades dos colaboradores. Foi mal nasceu o “Alice fala, Alice faz”, guarda-chuva de iniciativas porquê o “Saí do Sofá”, em que cada colaborador define metas pessoais para aumentar sua atividade física – seja fazer aulas de dança, natação ou corrida – e recebe pontos que podem ser trocados por prêmios. “Isso gera um ciclo muito positivo. Vai além da saúde e impacta o tino de pertencimento e o engajamento”, comenta Sarita.
Em julho deste ano, a Alice também realizou uma corrida de rua. A meta era reunir 100 colaboradores, que são chamados internamente de Pitayas – mas mais de 115 participaram. “Foi um dia muito marcante”, lembra. Para novembro, já há outra corrida planejada, com uma meta ainda mais ousada: 150 participantes.
‘Colaboradores saudáveis são mais produtivos’: Alice aposta em corrida de rua para aumentar engajamento (Alice/Divulgação)
Outras iniciativas também fazem secção da rotina na Alice. O ‘Tchau, Cigarrinho’, por exemplo, incentiva quem quer parar de fumar. A política de visibilidade oportunidade das agendas, por sua vez, incentiva a transparência e a autonomia – de estagiário a CEO.
“A gente espera que você tenha compromissos pessoais e tempo para se cuidar. Ao mesmo tempo, confiamos que você vai fazer seu trabalho e entregar o que precisa ser entregue”, explica Sarita.
Ainda há desafios no mercado – mas ela indica uma provável solução
Mas ela faz uma ponderação importante: “Essas iniciativas são ótimas, mas sem uma preocupação com a cultura, o protótipo de trabalho e boas práticas de gestão, elas não vão gerar efeito e até podem frustrar os colaboradores por não parecerem genuínas.”
De olho nisso, Sarita descreve um breve caminho para que tomadores de decisões nas empresas possam colocar em prática uma cultura centrada no bem-estar. Veja a seguir.
1. Começa pela subida liderança
Tudo começa com o pedestal da subida liderança. “É muito difícil implementar uma cultura centrada no bem-estar se você não tem o suporte dos C-Levels”, afirma Sarita. Na visão dela, a subida gestão deve abraçar a razão e se tornar um protótipo a seguir – e isso deixa simples para todos que o bem-estar é a prioridade da organização.
2. Dados e métricas
A coleta e estudo de dados é outro paisagem importante. Sarita defende que é preciso entender a verdade da empresa para desenvolver ações mais eficazes, identificar áreas que precisam de atenção e implementar soluções baseadas em evidências. Isso faz com que os resultados das iniciativas sejam mais certeiros.
3. Pensar em ações
Uma vez que os dados estão disponíveis, é hora de pensar em ações concretas. Sarita destaca que as iniciativas de bem-estar não devem ser pontuais, mas secção integrante da cultura da empresa. Isso pode incluir programas de atividade física, campanhas de saúde mental, desenvolvimento de gestores e espaços que incentivem pausas durante o dia.
4. Seguir resultados
Por termo, escoltar os resultados das iniciativas implementadas é fundamental para calcular seu impacto. O monitoramento contínuo permite que a empresa se adapte às necessidades dos colaboradores e garanta que as estratégias de bem-estar realmente façam a diferença.
Sua visão para o horizonte
O horizonte de Sarita e da Alice é promissor. Com a intenção de se solidificar porquê exemplo para outras empresas, ela acredita que as lições aprendidas durante a pandemia podem transformar a forma porquê as organizações abordam a saúde mental e o bem-estar. “Vejo uma tendência muito positiva. Estamos no caminho manifesto”, avalia.
Para ela, o compromisso com a saúde e o bem-estar dos colaboradores não é unicamente uma estratégia, mas uma verdadeira missão. “Pessoas saudáveis produzem mais”, diz ela, que deseja que essa asserção seja celebrada em cada quina da empresa.