
Análise: Nem Lula nem Bolsonaro se mostraram os “grandes pistolões“ do embate eleitoral
As eleições municipais de 2024 revelaram um cenário político surpreendente, com os partidos de meio emergindo uma vez que grandes vencedores, superando a influência esperada dos ex-presidentes Lula (PT) e Bolsonaro (PL).
A crítico de Política da CNN Basília Rodrigues destacou que nem o atual nem o ex-presidente se mostraram os “grandes pistolões” deste embate eleitoral.
Segundo Basília, as eleições deixaram “recados perigosos” para o PT e o PL, uma vez que os partidos de meio, capazes de se alinhar tanto à direita quanto à esquerda, saíram fortalecidos do pleito.
O MDB, em pessoal, obteve resultados expressivos, superando até mesmo as preferências associadas a figuras proeminentes do presidencialismo.
Naturalização em xeque
A expectativa de uma poderoso naturalização das eleições municipais não se concretizou uma vez que previsto.
Embora Lula e Bolsonaro tenham desempenhado papéis importantes em algumas disputas, sua influência não foi sempre decisiva na definição dos vencedores das prefeituras.
A crítico ressaltou que, surpreendentemente, pautas tradicionalmente ligadas às eleições municipais prevaleceram, mesmo em um contexto pátrio politicamente polarizado.
O eleitorado demonstrou preocupação com a figura do “bom gestor” e com discursos mais moderados.
Tendência à segurança
Um oferecido significativo indicado por Rodrigues foi a quantidade de prefeitos reeleitos, indicando uma escolha do eleitorado pela segurança.
Casos uma vez que o de Sebastião Melo, em Porto Satisfeito, Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, e Ricardo Nunes, em São Paulo, exemplificam essa tendência.
No entanto, a crítico também observou exceções, uma vez que a vitória de Abilio Brunini em Cuiabá, que desafiou o tradicionalismo político sítio e venceu na “vaga do bolsonarismo”.