
Eleições 2024: BH vai às urnas para escolher nova bandeira da cidade
Neste domingo, 6, os eleitores de Belo Horizonte (MG) têm uma tarefa suplementar nas urnas além de escolherem prefeito e vereadores. A capital mineira realiza um referendo para sentenciar se a cidade adotará uma novidade bandeira ou manterá o brasão atual.
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A novidade proposta de bandeira, aprovada pela Câmara Municipal (CMBH) em 2023, foi criada por um designer belo-horizontino e procura simbolizar a identidade jovem da cidade.
Atualmente, a bandeira de BH usa o brasão da cidade sobre um fundo branco. A novidade proposta, no entanto, adota um estilo mais minimalista. Ela traz elementos que representam o pico Belo Horizonte, na Serra do Curral, simbolizado por um triângulo virente, e o sol.
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Segundo os defensores da mudança, esse design mais simples facilitaria o uso popular, tal uma vez que acontece com as bandeiras de Minas Gerais e do Brasil. Eles também argumentam que o brasão não é uma bandeira “solene” e que a proposta reforçaria a identidade cultural da cidade.
Por outro lado, os críticos da proposta se queixam da falta de alternativas no referendo. Somente uma opção de novidade bandeira foi apresentada, e não houve audiências públicas para discutir o tema.
Também há preocupações sobre os custos de troca das bandeiras em prédios públicos, estimados entre R$ 200 e R$ 300 por unidade. O governo municipal esclarece que o brasão continuará sendo usado em uniformes e ônibus, mas que, se aprovada, a novidade bandeira substituirá a atual em repartições públicas.
Apesar das opiniões divididas, a novidade bandeira já começou a eclodir em produtos comerciais uma vez que cangas e bonés, e até mesmo na decoração de restaurantes populares na cidade, uma vez que a Cozinha Tupis e o Florestal, e o Carnaval.
As duas opções de bandeira de Belo Horizonte: a atual, com o brasão da cidade, e a novidade proposta minimalista, que será decidida em referendo (Divulgação)
Dificuldades na votação e críticas à divulgação
Além das críticas à proposta, alguns questionam a falta de publicidade em torno do referendo. O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) não permitiu a veiculação de propagandas gratuitas sobre o tema na rádio e na TV, restringindo a publicidade a campanhas pagas pelas frentes favoráveis ou contrárias à bandeira.
Outra polêmica envolve a escassez das imagens das bandeiras nas urnas eletrônicas. Por motivos técnicos, os eleitores só poderão visualizar os modelos em cartazes afixados nas seções eleitorais, antes de votar.
Nas urnas, a votação sobre a bandeira de BH será a última, em seguida a escolha para prefeito e vereadores. Para optar pela novidade bandeira, o votante deve estreitar o número 1; para manter a bandeira atual, deve estreitar 2. Também será verosímil votar em branco ou anular o voto. Caso a novidade bandeira não seja aprovada, não há previsão para um novo referendo sobre o tema.