
“Se não temos árvores, a cidade se comporta como deserto”, afirma Pedro Côrtes
A carência de árvores nas cidades está criando verdadeiros “desertos urbanos”, alerta o crítico de Clima e Meio Envolvente, Pedro Côrtes. Em uma estudo sobre o impacto da vegetação no envolvente urbano, o profissional destaca o papel crucial das árvores na regulação da temperatura e umidade.
Segundo Côrtes, “Se a gente não tem árvore, o que acontece? A cidade acaba se comportando uma vez que uma espécie de deserto”. Ele explica que, embora as cidades não tenham areia ou rochas típicas de desertos naturais, o asfalto e o cimento desempenham um papel semelhante na aspiração e retenção de calor.
O efeito refrescante das árvores
O profissional detalha uma vez que as árvores contribuem para a redução da temperatura: “Porque ela faz a sombra, logo ela evita que o asfalto e o cimento, a lajedo receba diretamente a radiação do sol”. Essa sombra oriundo não somente diminui a incidência solar direta no solo, mas também ajuda a manter níveis de umidade mais agradáveis.
Côrtes ressalta que a situação climática atual é preocupante, com temperaturas em São Paulo atingindo níveis anormais: “A gente tem enfrentado temperaturas em São Paulo ao volta de 35, 36 graus, que é uma situação completamente irregular neste século”. Ele enfatiza que essas condições são incompatíveis com os padrões climáticos do século pretérito.
A relevância da arborização urbana
O crítico conclui destacando a relevância do plantio de árvores nas áreas urbanas: “Se a gente tem essas áreas com plantio de árvores, a situação fica mais amena, fica um pouco mais tolerável”. Esta medida não somente melhora o conforto térmico, mas também contribui para a qualidade de vida nas cidades, tornando-as mais resilientes às ondas de calor e mudanças climáticas.