
A Grand Seiko, marca japonesa de relógios de luxo, chega ao Brasil
São poucas as marcas de relojoaria de prestígio fora da Suíça – e ainda assim, a maioria é europeia. A japonesa Grand Seiko talvez seja a principal exceção. Criada em 1960 porquê uma traço da Seiko, virou marca própria, mais voltada para o mercado de luxo, em 2017.
A partir deste mês, a Grand Seiko passa a ser comercializada no Brasil. Todas as coleções da marca estarão disponíveis por cá. A tira média de preço é de R$ 47.000, o que a posiciona no patamar da Omega e na traço de ingresso da Rolex. Segundo executivos da Grand Seiko, essas duas manufaturas suíças são suas principais concorrentes.
Por enquanto os modelos da Grand Seiko podem ser encontrados na Pedrart, em Brasília. Fumio Tanaka, presidente da Seiko Panamá, esteve na semana passada na inauguração dessa parceria. Ele aproveitou a passagem pelo Brasil para encontrar a prelo especializada e relatar mais sobre a marca.
Brasil é mercado estratégico
Tanaka comentou sobre o projecto de prolongamento para a região. “O Brasil tem a maior população e economia da América Latina. É originário que a marca busque a oportunidade com a maior prioridade e finalmente encontramos o parceiro evidente. Atualmente temos a Grand Seiko no México, Panamá e Brasil na região. Nossa teoria é nos concentrarmos nesses mercados para estabelecer uma boa reputação”, diz.
Nas cinco primeiras décadas de vida, até 2010, a Grand Seiko só foi comercializada no Japão. Naquele momento a Seiko resolveu lançar a traço globalmente. Aos poucos a marca foi sendo reconhecida no leste asiático, na Europa Ocidental e nos Estados Unidos. No mercado americano, em 2020, a marca alcançou o quarto lugar na participação de mercado com o preço de varejo entre 5.000 e 10.000 dólares, detrás de Rolex, Omega e Breitling.
“Entendo que o Brasil é um país multirracial que respeita diferentes culturas e valores”, diz Tanaka. “Portanto, acredito que os fãs brasileiros de relógios são mais abertos para reputar o valor de um relógio de luxo de fora da Europa. A marca ainda é conhecida unicamente por quem realmente a conhece, exceto no Japão e nos Estados Unidos. Queremos elogiar a marca ao próximo nível, tornando-a uma verdadeira marca de luxo em nível global.”
Outros pontos de venda no Brasil
Fumio Tanaka começou a curso na Seiko em 1989, depois de se formar na universidade. Em 2010, passou a ser responsável pelo lançamento global da Grand Seiko. Desde janeiro de 2020 está no função de presidente da Grand Seiko do Panamá. Segundo o executivo, uma das características da marca é ser exclusivamente japonesa, o que se reflete no design estético próprio da cultura e na filosofia de engenharia e produção, com tradição de qualidade e espírito de artesanato.
Outro ponto de destaque da marca, segundo Tanaka, é a verticalização. Ele aponta que muitas marcas de relógios europeias de luxo e premium terceirizam a produção de componentes, em muitos casos até os movimentos dos relógios. De congraçamento com ele, todos os movimentos da Grand Seiko são projetados e montados internamente.
Segundo Tanaka, isso torna provável para a Grand Seiko ter três movimentos com diferentes mecanismos: mecânico, quartzo e Spring Drive. “O verdadeiro valor de um relógio Grand Seiko dificilmente é sentido sem ver e tocar o resultado”, diz.
A Pedrart é o primeiro ponto de venda solene da Grand Seiko. Mas não deve ser a única. “Unicamente abrimos a primeira porta. A crescente demanda nos incentivará a furar mais lojas perto dos nossos clientes”, diz Tanaka.