
Planalto quer anunciar corte de gastos na próxima semana
O governo federalista quer anunciar na próxima semana as medidas que vão reduzir as despesas do governo em 2025 e, com isso, indicar não só o cumprimento das regras fiscais no limitado prazo, mas a sustentabilidade das contas públicas no longo prazo.
Tornar pública a agenda de incisão de gastos é um ato considerado importante para diminuir a suspicácia e as pressões do mercado e um passo para um objetivo maior: retomar o intensidade de investimento do Brasil ainda no procuração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Integrantes das equipes envolvidas nas discussões estão confiantes de que o presidente “comprou a teoria” da redução de despesas e de que é provável voltar ao intensidade de investimento das agências de risco até 2026.
A indicação recente da Moody’s nesse sentido – de que avanços pelo lado das despesas levariam o país ao investment grade – foi fundamental na argumentação dentro do governo.
Na terça-feira (29), Lula se reuniu por mais de quatro horas com o ministro da Herdade, Fernando Haddad, que nesta quarta-feira afirmou que houve entendimento com a Mansão Social sobre o incisão de despesas.
Para anunciar as medidas na próxima semana, a Mansão Social corre para concluir a redação do texto, expulsar pendências jurídicas e contabilizar os impactos das ações.
A comentador de economia da CNN Thais Herédia antecipou as medidas que o governo deve adotar, uma vez que enquadrar as emendas parlamentares nos limites do tórax fiscal e revisão de regras de entrada a benefícios sociais uma vez que abono salarial e BPC, mas não haverá desvinculação do salário mínimo às despesas previdenciárias.
Em seguida a reunião de terça-feira, o timing do pregão público das medidas era uma das questões ainda em avaliação. Isso porque secção dos cortes depende de aprovação no
Congresso Pátrio, e o calendário legislativo já está bastante apertado: são seis semanas até o recesso do término do ano para aprovação de pautas complexas, uma vez que concluir a regulamentação da reforma tributária, além dos projetos orçamentários de 2025 (LDO e LOA) e as articulações envolvendo as sucessões na Câmara e no Senado.
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