Governo sempre fica do lado mais frágil nas discussões entre os três Poderes, diz especialista à CNN

O conflito entre os três Poderes da República se intensificou posteriormente a decisão do Supremo Tribunal Federalista (STF) de manter as determinações do ministro Flávio Dino sobre as emendas parlamentares.

Em resposta, o Congresso destravou a PEC que limita o poder do STF, colocando os interesses dos Poderes em rota de colisão.

Nesse cenário, o governo federalista se encontra na posição mais vulnerável, segundo estudo de Leonardo Barreto, CEO da Consultoria Risco Político I3P, no programa WW.

Em entrevista, Barreto argumentou que o Executivo depende diretamente dos outros Poderes para atuar, o que o coloca em desvantagem nas negociações sobre emendas e orçamento.

Prazos apertados e pressões políticas

O crítico destacou que o governo enfrenta prazos sensíveis para aprovação de pautas cruciais no Congresso.

“O governo tem prazos de mudança de meta fiscal, por exemplo, que possivelmente não vai executar, e vai precisar mandar uma lei para ratificar no Congresso, porque senão vai ser punido por isso”, explicou Barreto.

Ou por outra, a aprovação do orçamento para o próximo ano é outra questão urgente que o governo precisa resolver.

O Congresso, por sua vez, tem o poder de atrasar esses processos, aumentando a pressão sobre o Executivo.

Cenário eleitoral e suas implicações

Barreto também chamou atenção para o timing do processo eleitoral e suas possíveis consequências.

“O Lira e o Davi Alcolumbre perdem bastante o controle da associação”, observou, referindo-se aos presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente.

O crítico ressaltou que Davi Alcolumbre, porquê virtual candidato à presidência do Senado, pode ser responsabilizado junto com Rodrigo Pacheco por ter viabilizado a ida de Flávio Dino para o STF.

Essa situação adiciona mais uma categoria de complicação às negociações entre os Poderes.

“A gente tem uma porção de pressões ali que podem levar a um resultado coletivo muito ruim”, alertou Barreto.

Ele concluiu que, embora o governo possa não ter muito a perder até as eleições municipais, posteriormente esse período, “a urgência é toda do governo, não é do Congresso”.

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