“Inflação preocupa mais que eventual alta de juros”, diz RI da Cury

O mercado imobiliário tem tido um ano estelar – mormente na baixa renda, turbinada pelas mudanças no programa habitacional Minha Lar Minha Vida (MCMV) na metade do ano pretérito. Para a construtora Cury, que atua justamente nesta filete de renda, o setor não tem nenhuma preocupação imediata, mas precisa monitorar três pontos principais no médio e longo prazo: inflação, mão de obra e funding.

“A inflação preocupa mais que uma eventual subida de juros. Ninguém gosta de Selic subida, mas se for necessário, tecnicamente, é bom porque joga a curva de juros futura para inferior. É um subir para tombar depois”, afirmou Ronaldo Cury, RI da Cury

A pressão inflacionária prejudicou o setor imobiliário nos últimos anos na frente de materiais. Agora, no entanto, o foco é a inflação de mão de obra na construção social, que afeta, por sua vez, a capacidade de realização das empresas. 

A Cury reforçou que as grandes construtoras saem na frente quando o matéria é ocupar o trabalhador da construção social. O principal motivo é o volume de obras e a consistência, que garante um bom fluxo de contratos.

“Oferecemos uma requisito de trabalho em que não é preciso parar um segundo. Empresas menos estruturadas não oferecem essa estrutura, garantindo volume, equipamento e material. Ou por outra, investimos muito na qualificação desse empresário, que vê vantagem em trabalhar para nós”, afirmou.

O executivo foi um dos convidados do tela de perspectivas para o setor habitacional popular da 25ª Conferência Anual do Santander. Além dele, participou Hailton Madureira, secretário vernáculo de habitação

Madureira se juntou à Cury para sobresair o funding uma vez que um dos principais desafios da indústria para os próximos anos. Grande segmento dos recursos utilizados para financiamento imobiliário vem da poupança, cujos recursos à disposição vem diminuindo à medida que os investidores buscam outras opções de investimento

Começa logo o repto de substituir essa forma de financiamento. O mercado tem suplantado na tecla da valia das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) uma vez que substitutas à poupança. Enquanto a caderneta perdeu espaço na estrutura de funding de 44% em 2022 para 34% até junho de 2024, passando o volume de R$ 779 bilhões para R$ 763 bilhões, a participação da LCI cresceu de 10% para 16% até junho de 2024.

“Se a demanda [por imóveis] continuar crescendo no ritmo em que está, vamos ter que financiar a construção de maneira dissemelhante”, defendeu Madureira. A preocupação principal do secretário é aumentar o patamar do crédito imobiliário no Brasil, que atualmente corresponde a 10% do PIB e, em sua visão, deveria estar entre 20% e 30%. “Pode ser via LCI, LIG, fundo de pensão. Mas o Brasil precisa discutir uma vez que financiar esse propagação.”

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