Combate ao déficit habitacional deve ser pauta de todos os entes da União, avalia setor de construção

O déficit habitacional – oferecido referente à quantidade de famílias sem moradia ou que vivem em condições de moradia precárias – no Brasil é de 6.215.313 de domicílios, segundo levantamento da Instalação João Pinho (FJP).

A estimativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) é que seria necessário um investimento de R$ 960 bilhões para sanar essa premência.

O presidente da entidade, Renato Correia, reforça que o entrada à moradia é um recta constitucional do cidadão brasílio. Por tanto, ele aponta que mourejar com o problema do déficit habitacional é um incumbência não só do governo federalista mas de todas as esferas da União.

“Você viu o tamanho do duelo. É impossível um ente só, mesmo o governo federalista, conseguir debelar um déficit dessa proporção. O ‘Minha Lar, Minha Vida Cidades’ vem trazer uma regra universal para formação desses entes. Portanto, é um trabalho estrutural para o combate do déficit habitacional, importantíssimo”, diz Correia à CNN.

O Minha Lar, Minha Vida (MCMV) é um programa federalista que oferece subsídios e taxas de juros reduzidas para que famílias mais carentes possam financiar a moradia própria. O programa é voltado para aquelas que tenham renda mensal bruta de até R$ 8 milénio em áreas urbanas; e renda anual bruta de até R$ 96 milénio em áreas rurais.

De conciliação com o Ministério das Cidades, o programa entregou mais de 6 milhões de habitações desde a sua geração.

E visando essa aproximação entre os entes da União, o governo lançou em outubro de 2023 o MCMV Cidades, pelo qual os estados e municípios também podem injetar financiamento complementar ao programa federalista. Ao todo, 17 estados e o Região Federalista aderiram ao programa desde seu lançamento.

“O governo coloca o que é verosímil, mas isso é uma preocupação que tem que ir além do federalista. Governos estaduais, legislativo, toda a sociedade deve se preocupar com a questão do déficit [habitacional]. Portanto você tem, no ‘Minha Lar, Minha Vida Cidades’, uma possibilidade de casar novos subsídios. A gente já está vendo isso com muita eficiência no Paraná”, aponta o presidente da CBIC.

O estado do Sul foi o que mais ofereceu subsídios aos seus cidadãos pelo MCMV Cidades neste ano. Foram R$ 153,4 milhões destinados aos interessados em comprar um imóvel.

Logo na cola, vem São Paulo, com repasse de R$ 144,1 milhões. Em seguida vem os estados de Pernambuco (R$ 56 milhões), Mato Grosso (R$ 24,4 milhões) e Espírito Santo (R$ 14,8 milhões).

Programas estaduais

Mas além do MCMV, os próprios estados promovem alguns programas habitacionais.

E para Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a simultaneidade entre os programas federalista e estaduais “é muito importante para se reduzir o déficit habitacional em cada estado brasílio”.

“Eu vou dar o exemplo do estado de São Paulo, que é o [programa] Lar Paulista. Uma pessoa, se for comprar um imóvel de R$ 190 milénio e não tiver subvenção, precisa ter uma renda familiar de R$ 3.800. No entanto, se ela for utilizar o subvenção do ‘Minha Lar, Minha Vida’ e do Lar Paulista, ela vai ter R$ 71 milénio de subvenção”, explica o presidente da Abrainc à CNN.

“Ou seja, ela reduz demais aquela prestação que ela precisa remunerar e você atende famílias com renda familiar de R$ 1.700. Com isso, você traz, pra obtenção da moradia própria, 7 milhões de famílias.”

O Governo de SP planeja entregar 200 milénio moradias até o final de 2026 pelo programa habitacional.

Nesse trabalho paralelo entre os programas, França destaca que não há competitividade entre as diferentes esferas.

“Essa junção dos dois programas é fundamental para as pessoas de mais baixa renda que querem remunerar a sua prestação. Com os dois subsídios, você dá capacidade para essas pessoas darem o valor de ingresso. É um trabalho complementar, e quem sai ganhando com essa complementaridade é o comprador do imóvel de baixa renda”, conclui o presidente da Abrainc.

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