Veja momento da prisão de médico que matou esposa com sorvete envenenado

O médico André Lorscheitter Baptista, de 50 anos, foi recluso nesta terça-feira (29) suspeito de matar a própria esposa, em Canoas (RS). A polícia acredita que ele tenha envenenado Patrícia Rosa dos Santos e, depois, aplicado medicação restrita desviada do SUS.

O solicitador Rafael Pereira, do Departamento de homicídios do RS, diz ter fé da participação de André. “A gente tem a fé, é caso de cinema, caso de Netflix. Ele utilizou da habilidade de médico que ele tem para matar ela”, disse.

Veja o momento da prisão:

Quem é o médico

André Lorscheitter Baptista era formado em Medicina pela Universidade Federalista do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Segundo o Juízo Federalista de Medicina (CFM), Baptista foi inscrito no órgão em junho de 2007 e estava com registro profissional ativo. Ele tinha especialização em medicina de emergência.

Registro do médico André Lorscheitter Baptista no CFM • Reprodução/CFM

O médico era socorrista no Serviço de Atendimento Traste de Urgência (Samu), mas também atuava em clínicas particulares na Grande Porto Feliz.

Em uma rede social, ele compartilhou em 2021 um vídeo chamando a atenção para riscos de queimaduras durante o manuseio de panelas com gordura. Em 2016, ele ministrou uma palestra sobre “cuidados com paciente vítima de queimaduras” no Hospital Municipal Getúlio Vargas, em Sapucaia do Sul (RS).

Outras postagens recentes feitas no Facebook por Baptista chamavam atenção para denúncias contra maus-tratos a animais e para a valimento da doação de sangue.

Em 2019, ele compartilhou um vídeo com “as melhores respostas das celebridades para perguntas machistas”.

A CNN tenta localizar a resguardo do médico recluso.

Responsável pela investigação do caso, o solicitador Rafael Pereira, do Departamento de Homicídios do Rio Grande do Sul, tratou a situação uma vez que “caso de cinema” e “caso de Netflix”.

No lugar onde estava o corpo de Patrícia, a polícia encontrou um pote de sorvete, já foi submetido a perícia. Além da imagem que mostra um comprimido no líquido, o laudo aponta a presença de Zolpidem, medicamento controlado utilizado para induzir o sono profundo.

“A principal hipótese é de que ele colocou zolpidem no sorvete. Ele induziu ela ao sono profundo e se aproveitou disso para injetar midazolam e sustrate nos pés da esposa”, explicou.

As medicações injetadas nos pés também são de uso restrito. Segundo o solicitador, André desviou os medicamentos da Samu e fez a emprego nos pés de Patrícia de forma planejada. “Ele injetou nos pés já que, provavelmente, que se ele injetasse no braço, não conseguiria o atestado de morte originário”.

Segundo a polícia, o médico forjou um infarto uma vez que motivo da morte.

Patrícia Rosa dos Santos tinha 41 anos e trabalhava uma vez que enfermeira. Ela tinha um fruto de 2 anos com Baptista.

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