ONU pede fim das sanções dos EUA contra Cuba
A Parlamento Universal da ONU, desta quarta-feira (30), pediu de forma esmagadora aos Estados Unidos que encerrem o regime de sanções de décadas contra Cuba, enquanto a pátria caribenha, governada por comunistas, enfrentava sua pior crise econômica em décadas, marcada pelo colapso da infraestrutura e escassez de produtos básicos.
A solução não vinculativa foi aprovada por 187 países, somente os Estados Unidos e Israel se opuseram, e a Moldávia se absteve. Nascente foi o 32º ano sucessivo em que resoluções semelhantes foram aprovadas por grande margem.
A votação ocorreu poucos dias antes das eleições nos EUA, com a candidata presidencial democrata Kamala Harris e o concorrente republicano Donald Trump demonstrando pouco interesse em mudar a política.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, disse em um oração perante a reunião que o que é frequentemente chamado de embargo mercantil dos EUA é, na verdade, um “bloqueio”, porque a rede de leis e regulamentações complica as transações financeiras e a compra de bens e serviços não somente dos Estados Unidos, mas internacionalmente.
“O bloqueio contra Cuba é uma guerra econômica, financeira e mercantil que se qualifica uma vez que genocídio”, disse Rodriguez, acusando as políticas dos EUA de terem sido deliberadamente destinadas a promover sofrimento entre o povo cubano para forçar mudanças no governo.
O diplomata norte-americano Paul Folmsbee, em um breve oração depois a votação, não contestou a visão de que as sanções estavam minando a economia de Cuba, mas disse que elas tinham uma vez que objetivo promover “direitos humanos e democracia” e que os EUA abriram exceções para fins humanitários.
Os Estados Unidos acumularam dezenas de novas sanções a Cuba desde que um embargo mercantil foi imposto depois a revolução de Fidel Castro em 1959, mais recentemente também houve novas sanções sob o ex-presidente Donald Trump.
Rodriguez culpou essas novas sanções, que incluem algumas exportações de combustível para Cuba, por serem em grande secção responsáveis pela atual crise energética do país e pela queda temporária da rede elétrica na semana passada.
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